Em entrevista à CNN Brasil na noite desta quarta-feira (10), o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, argumentou que os preços dos combustíveis acompanham os preços do mercado, e reconheceu que estão altos, ressaltando que a inflação é um fenômeno global.
“Vale a pena dizer que os preços estão muito altos. A inflação está elevada e está no mundo inteiro, por uma série de fatores convergentes. O petróleo é uma commodity e não é diferente com ele. O mercado consumidor e produtor é que define esse equilíbrio dos preços”, afirmou.
Silva e Luna disse ainda na entrevista que, como a paridade de preços é uma referência, o que a Petrobras faz é acompanhar o valor de campo e o valor da gasolina e do petróleo nos diferentes mercados – asiático, europeu, EUA, por exemplo.
O presidente da estatal destacou que a companhia acompanha “com bastante sensibilidade essa preocupação” com os preços, de não repassar ao consumidor.
“Chegamos a ficar 92 dias sem alterar preços de combustíveis. Não fazemos nenhuma mudança brusca, conjuntural. Procura-se identificar se essa mudança [de preços] ela é estrutural. O cuidado que nós temos é com o abastecimento de mercado”, disse.
De acordo com Silva e Luna, a Petrobras contribui com R$ 2,33 no valor do preço da gasolina, sendo o restante os outros componentes que formam o preço do combustível.
“E a Petrobras, embora seja uma empresa pública, ela está na bolsa e tem que se comportar como uma empresa privada. Assim está na lei, assim está na norma e assim está na Constituição Federal, assim está na Lei das Estatais, assim o Cade acompanha. Então, embora a Petrobras tenha sensibilidade grande sobre isso, não tem como tomar uma atitude sobre isso a não ser acompanhar os preços do mercado.”