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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta sexta-feira (06) o rigoroso processo de revisão que seu governo está implementando nos programas sociais, com o objetivo de excluir beneficiários que, em tese, não teriam mais direito aos auxílios.
A fala foi feita pelo presidente em entrevista à rádio Difusora, de Goiânia (GO), na tarde desta sexta.
Lula ainda disse saber que o corte é “bem desagradável”, mas é necessário para que o governo possa alcançar quem realmente precisa de ajuda.
“O que a gente tem que fazer de tempos em tempos é uma operação pente-fino para saber se as pessoas que perderam o direito ao benefício estão recebendo. […] Eu sei que é sempre desagradável alguém ser cortado, mas se a pessoa já atingiu uma renda que não precisa mais do Bolsa Família, nós temos que tentar substituí-lo por uma pessoa que precisa que ainda não entrou”, disse Lula após ter sido questionado sobre a insatisfação de beneficiários que perderam acesso a programas sociais.
No final de agosto, a equipe econômica detalhou os cortes de gastos de R$ 26 bilhões planejados para o Orçamento de 2025. As principais economias devem vir de revisões na Previdência (R$ 10,5 bilhões), no Benefício de Prestação Continuada (R$ 6,4 bilhões) e em outras áreas.
A maior parte dos cortes será alcançada por meio de revisões, totalizando R$ 19,9 bilhões. O restante, no valor de R$ 6,1 bilhões, será obtido por mudanças na “realocação” e “reprogramação” dos programas sociais, conforme o Ministério do Planejamento e Orçamento.
O governo estima uma economia de R$ 2,3 bilhões com o Bolsa Família e de R$ 1,1 bilhão com o seguro-defeso.
Em julho, o governo havia anunciado a intenção de realizar essas economias nas contas públicas. Na ocasião, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) mencionaram que parte das medidas seria implementada por meio de um “pente-fino”.