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Subir escadas todos os dias pode reduzir em até 30% o risco de fibrilação atrial, uma das principais causas de acidente vascular cerebral (AVC), revela um estudo recente. A pesquisa acompanhou centenas de milhares de pessoas na casa dos 50 anos para entender a relação entre a prática de subir escadas e o desenvolvimento dessa condição cardíaca.
Os pesquisadores analisaram adultos que subiam pelo menos 110 degraus por dia, o equivalente a subir uma escada de tamanho médio sete vezes, e descobriram que essas pessoas tinham 31% menos chances de desenvolver a fibrilação atrial, uma arritmia cardíaca que aumenta o risco de AVC.
O estudo, publicado na Nutrition, Metabolism and Cardiovascular Diseases, levanta a possibilidade de incentivar a subida de escadas como uma forma simples e eficaz de prevenir o AVC. A fibrilação atrial afeta pelo menos dois milhões de pessoas no Reino Unido, causando um batimento cardíaco irregular que pode ser desencadeado por fatores como pressão alta, infecções respiratórias, hipertireoidismo e até o consumo excessivo de cafeína ou álcool.
A condição ocorre quando a atividade elétrica do coração se desorganiza, resultando em um ritmo cardíaco irregular. Em cerca de um a cada 25 indivíduos com mais de 60 anos, a fibrilação atrial se desenvolve, podendo causar sintomas como dor no peito, tontura e cansaço. No entanto, muitas pessoas não sabem que têm a condição até sofrerem um AVC.
A falta de um batimento regular faz com que o sangue, ao invés de circular adequadamente pelo corpo, se acumule e engrosse dentro do ventrículo esquerdo, a principal câmara de bombeamento do coração. Se um coágulo se soltar e viajar para o cérebro, ele pode bloquear o fornecimento de sangue rico em oxigênio, provocando um AVC fatal.
De acordo com a Arrhythmia Alliance, a fibrilação atrial é responsável por cerca de 16 mil AVCs por ano no Reino Unido. Para o estudo, realizado pela Universidade Médica de Tianjin, na China, foram analisados dados de quase meio milhão de britânicos participantes do UK Biobank, um projeto de saúde de longo prazo. Todos os participantes estavam saudáveis no início da pesquisa, que durou 12 anos.
Os resultados mostraram que aqueles que subiam pelo menos 110 degraus diários tinham menos probabilidade de desenvolver a fibrilação atrial em comparação com aqueles que raramente utilizavam as escadas. Estudos anteriores já haviam demonstrado que subir escadas contribui para a saúde do coração e melhora a memória e a concentração.
Em seu relatório, os pesquisadores afirmaram: “Nossos achados sugerem que promover a subida regular de escadas pode ser um alvo potencial para prevenir a fibrilação atrial.”
Esse estudo reforça a importância de adotar hábitos simples e acessíveis no dia a dia para proteger a saúde cardiovascular e reduzir o risco de condições graves, como a fibrilação atrial e o AVC.