O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) não poupou ironias em relação aos anúncios feitos pela jornalista da TV Cultura Vera Magalhães e pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) sobre sua saída do antigo Twitter. Ambas comunicaram a decisão de não utilizar mais a rede social nesta terça-feira (9). Ferreira atribui a decisão ao proprietário do antigo Twitter, Elon Musk, que entrou em confronto público com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no último final de semana, criticando o que ele considera autoritarismo e censura por parte do ministro.
“A partir do momento em que uma rede social se torna uma ferramenta para o dono fazer política, falar sobre liberdade se torna uma piada”, disse Vera em seu perfil. A jornalista afirmou que aqueles que permanecem no antigo Twitter estão “aceitando” as regras do jogo de Musk. “Portanto, a partir de hoje, não estarei mais [no antigo Twitter].”
Nikolas retuitou a postagem junto com a frase: “Obrigado, Elon”.
Por sua vez, a senadora Soraya Thronicke declarou: “Vou me despedir, nos vemos amanhã no Facebook, Instagram, TikTok, LinkedIn, Orkut… na esquina, no trabalho, no mercado, na feira, na praça, no aeroporto, na rodoviária, no Uber… no mundo!”. Ela afirmou que, caso o antigo Twitter deixe de existir, as pessoas encontrarão “outra rede social para brigar”.
Desde o final de semana, Musk tem elevado o tom contra o ministro do STF Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na noite de segunda-feira (8), o bilionário afirmou que o ministro se tornou “o ditador do Brasil” ao colocar o petista “em uma coleira”, e que Moraes “deve ser julgado por seus crimes”.
MUSK X MORAES
Alexandre de Moraes determinou no domingo (7) a inclusão do proprietário do antigo Twitter como investigado no inquérito das milícias digitais, protocolado em julho de 2021, que investiga grupos por condutas contra a democracia. O ministro também abriu um novo inquérito para apurar a conduta de Elon Musk. O magistrado quer que seja investigado o crime de obstrução à justiça, “inclusive em organização criminosa e em incitação ao crime”.
