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Carlos Portugal Gouvêa, professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP) e visitante na Universidade Harvard, foi preso na quarta-feira (1º) nos Estados Unidos após disparar um rifle de pressão com chumbinho nas proximidades do Templo Beth Zion, em Massachusetts, quebrando a janela de um carro estacionado. O incidente ocorreu no início do feriado judaico Yom Kippur.
Gouvêa foi acusado de disparo ilegal de arma de pressão, conduta desordeira, perturbação da paz e danos maliciosos à propriedade privada. De acordo com o relatório policial, o professor afirmou que estava “caçando ratos na região”.
O incidente mobilizou mais de uma dúzia de policiais e envolveu uma breve luta física com seguranças particulares do templo. Segundo o relatório, os seguranças ouviram dois “tiros altos” e encontraram Gouvêa segurando o rifle. Ele chegou a colocar a arma no chão, mas, ao tentar ser detido, houve confronto, e o professor fugiu para sua residência próxima ao templo. A polícia o encontrou em casa, algemou-o na calçada e efetuou a prisão.
O relatório indica que durante a investigação, Gouvêa “admitiu usar o rifle de pressão para caçar ratos na área. Ele foi advertido de que isso era inseguro e que deveria estar ciente do alarme que havia causado”. Nas proximidades, a polícia encontrou um carro com a janela quebrada e um projétil dentro do veículo.
Após o ocorrido, Harvard colocou o professor em licença administrativa. Ele compareceu ao Tribunal Distrital de Brookline na quinta-feira (2) e se declarou inocente de todas as acusações.
Carlos Portugal Gouvêa é professor da Faculdade de Direito da USP desde 2011, livre-docente em Direito Comercial e leciona Direito Empresarial, Contratos e Governança Corporativa. Doutor em Direito por Harvard, também já atuou como pesquisador visitante em Yale.
Além da carreira acadêmica, Gouvêa é fundador e presidente do Instituto de Direito Global (IDGlobal), think tank especializado em justiça social e ambiental, e um dos fundadores do Instituto Sou da Paz, voltado à redução da violência no Brasil. Ele também integra o Fórum Nacional das Ações Coletivas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e é sócio de escritório de advocacia focado em direito empresarial e governança corporativa.