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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a redução “imediata” das taxas de juros no Brasil. A declaração foi feita durante apresentação no Lide Conference, no Reino Unido, nesta quinta-feira (20).
Pacheco disse que o Senado deu autonomia ao BC, mas que é necessário ter “sensibilidade política” nas decisões.
“A perspectiva da autonomia [do Banco Central] que desejávamos e desejamos no Senado Federal é para que não fosse suscetível a influências políticas indevidas. Mas há um sentimento geral hoje, que depende de base técnica, mas também de sensibilidade política, que nós precisamos encontrar os caminhos para redução imediata da taxa de juros sob pena de sacrificarmos o trabalho que fizemos ao longo do tempo“, disse Pacheco.
Pacheco disse também que, apesar das divergências do Legislativo com o Executivo, há um sentimento em comum de busca por taxas mais baixas de juros.
“Há divergências naturais entre Executivo e o Legislativo, entre a sociedade e o mundo empresarial. Mas se há algo que nos une neste momento é a impressão, o desejo, a obstinação de reduzir a taxa de juros“, afirmou.
“Se esses ruídos e marolas que têm prejudicado a redução da taxa de juros no Brasil são um problema, temos que atacar esse problema e permitir que haja a redução. Ruído na política o Brasil sempre vai ter. Teve no governo anterior e terá neste. Mas, mesmo assim, tivemos taxa de juros de 2% no passado. É importante que nos juntemos de forma equilibrada e o BC sendo respeitado. Mas que busquemos fazer uma redução imediata das taxas de juros“, disse.
“A inflação, meu querido Campos Neto, está contida e em ritmo de queda. Nossa moeda é estável e tivemos na semana passada abaixo de R$ 5 o dólar. Agora precisamos crescer o Brasil e não conseguiremos com a taxa de juros a 13,75%“, afirmou Pacheco.