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A economia chinesa desacelerou em maio com o crescimento da produção industrial e das vendas no varejo abaixo do esperado. Assim, aumentando as expectativas de que a China precisará fazer mais para sustentar uma recuperação pós-pandemia da Covid-19 instável.
A recuperação econômica do país vista mais cedo neste ano perdeu força no 2º trimestre, levando o banco central chinês a cortar algumas das principais taxas de juros nesta semana pela 1ª vez em quase 1 ano, com expectativas de mais por vir.
“A recuperação pós-Covid parece ter terminado, um duplo mergulho econômico está quase confirmado e agora vemos riscos negativos significativos para nossas previsões de crescimento do PIB abaixo do consenso de 5,5% e 4,2% para 2023 e 2024, respectivamente”, disseram analistas do Nomura,maior banco de investimento e grupo de corretagem do Japão, após os últimos dados.
A produção industrial da China cresceu 3,5% em maio em relação ao ano anterior, informou a Agência Nacional de Estatísticas nesta quinta-feira (15).
Aconteceu uma desaceleração da produção industrial chinesa em relação à expansão de 5,6% em abril e ligeiramente abaixo do aumento de 3,6% esperado por analistas financeiros, uma vez que os fabricantes lutam com demanda fraca no país e no exterior.
As vendas no varejo da China subiram 12,7%, contra previsão de crescimento de 13,6% e desacelerando em relação aos 18,4% de abril.
Dados que vão desde pesquisas industriais e comércio até crescimento de empréstimos e vendas de casas mostraram sinais de fraqueza na economia do país oriental.
O banco central da China cortou nesta quinta-feira a taxa de juros de sua linha de crédito de médio prazo de um ano, a 1ª vez em 10 meses, abrindo caminho para cortes nas taxas básicas de empréstimo de referência (LPR) na próxima semana.