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O processo no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) que pede afastamento do procurador Deltan Dallagnol da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba deve ser analisado pelo plenário na próxima reunião, em 18 de agosto.
Na data, o relator do caso, Luiz Fernando Bandeira, deve levar o seu voto para o plenário. Ele assumiu o processo recentemente, após o término do mandato do conselheiro Valter Shuenquener de Araújo.
Em seu despacho à frente do processo, Bandeira pôs o pé no acelerador: deu 10 dias (ou seja, até dia 2 de agosto) para se manifestarem, caso queiram, o procurador-geral, Augusto Aras, o corregedor, Rinaldo Reis Lima, o próprio réu.
O documento dá ainda a possibilidade de o conselheiro Otávio Luiz Rodrigues Jr também se manifestar no mesmo prazo. Ele é relator de denúncia da OAB contra Dallagnol,sobre suposta cooperação com autoridades de polícia judiciária estrangeira, no caso, FBI, sem utilização dos canais legais competentes.
O caso, protocolado no ano passado pela senadora Kátia Abreu (PP-TO), volta a andar no momento de maior tensão entre Aras e as forças-tarefas, em especial a de Curitiba. Uma polêmica decisão recente do presidente do STF, Dias Toffoli, a pedido do procurador-geral, determinou o compartilhamento total de informações das forças-tarefas com a PGR. Ou seja: neste caso específico do CNMP, Aras poderá, se encontrar irregularidades, acrescentá-las ao processo.