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Na manhã desta terça-feira (15), a Polícia Federal prendeu um advogado suspeito de participar de um esquema de corrupção no Governo do Estado do Rio, quando o governador afastado Wilson Witzel ainda estava no cargo.
A ação mira suspeitos de desvio de recursos públicos na área da Saúde, que pode ter gerado prejuízo de mais de R$ 50 milhões aos cofres públicos.
Até as 8h, o advogado Wagner Bragança, vice-presidente da Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil havia sido preso. Ele também é administrador judicial da Varig e sócio do secretário–adjunto da OAB. Bragança foi preso no Recreio, na Zona Oeste do Rio.
A “Operação Kickback” visa cumprir 10 mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão preventiva, além de medidas cautelares e indisponibilidade de bens dos investigados. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De acordo com a investigação, uma Organização Social (OS) que atua no Rio de Janeiro e em Juiz de Fora recebeu cerca de R$ 280 milhões em dívidas inscritas em “restos a pagar” em troca de pagamento de propina de 13% sobre o valor quitado. O valor daria prioridade à Organização Social no recebimento dos recursos, já que diante da difícil situação financeira em que se encontra o Estado do Rio de Janeiro, nem todas as dívidas poderiam ser quitadas.
Além disso, a OS teria pago cerca de R$ 50 milhões a um escritório de advocacia, que, por sua vez, repassou mais de R$ 22 milhões para pessoas físicas e jurídicas ligadas ao operador financeiro identificado nas Operações “Pacebo” e “Tris in Idem”, responsável pelo afastamento do governador Wilson Witzel do cargo por suspeitas de irregularidades na Saúde.