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(ANSA) – Dois dos três ex-terroristas italianos de extrema esquerda foragidos na França se entregaram à polícia de Paris nesta quinta-feira (29), incluindo Luigi Bergamin, comparsa de Cesare Battisti em um homicídio ocorrido nos anos 1970.
Fundador do grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Bergamin se apresentou com seu advogado ao Palácio de Justiça da capital francesa e sofrerá um processo de extradição movido pela Itália, onde ele deve descontar 16 anos e 11 meses de prisão.
Bergamin é considerado o mandante do assassinato do marechal da polícia penitenciária Antonio Santoro, morto por Battisti e uma cúmplice em 6 de junho de 1978, em Údine. Segundo a Justiça italiana, os dois autores materiais do homicídio trocaram falsas carícias até o momento do atentado – o PAC acusava o marechal de “perseguir presos políticos”.
Além disso, Bergamin teve envolvimento no homicídio do açougueiro Lino Sabbadin, assassinado pelo grupo comunista por ter sido militante do neofascista Movimento Social Italiano (MSI) e por ter matado um ladrão em uma tentativa de assalto.
A condenação contra Bergamin teria prescrito em 8 de abril, mas uma juíza de Milão interrompeu a contagem do prazo pelo fato de o ex-terrorista ser um “delinquente habitual”. “É uma boa notícia, se ele se entregou quer dizer que ele entendeu, é uma admissão. Agora poderá descontar as próprias culpas”, disse Adriano Sabbadin, filho de Lino Sabbadin, nesta quinta-feira.