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Nesta segunda-feira (10), Jerusalém voltou a ser palco de confrontos entre palestinos e israelenses. Pelo menos 300 pessoas ficaram feridas.
Os embates aconteceram no Dia de Jerusalém, data do calendário hebraico que marca a captura da cidade por Israel em 1967 e costuma ser comemorada com centenas de judeus agitando bandeiras e cantando músicas patrióticas enquanto caminham por áreas muçulmanas. Há muito tempo o evento é visto por muitos palestinos como uma provocação deliberada.
Para evitar tensões, as autoridades israelenses decidiram impedir os judeus de passarem pela mesquita Al-Aqsa, terceiro local mais sagrado do Islã, durante a Marcha das Bandeiras desse ano. O problema é que a mesquita em questão também fica no topo do Monte do Templo, que por sua vez é o local mais importante para o judaísmo.
Desde a noite anterior, muçulmanos ficaram de prontidão para defender a sua mesquita al-Aqsa e, pela manhã, centenas de judeus ativistas caminharam até o Monte do Templo, contrariando as ordens das autoridades locais.
Teve início assim o confronto, em que palestinos lançaram pedras e coquetéis molotov. A polícia israelense teve que intervir e respondeu com granadas, balas de borracha e gás lacrimogênio.
O Crescente Vermelho Palestino afirmou que 305 muçulmanos ficaram feridos, sendo que 228 tiveram que ser levados ao hospital para receber tratamento e 7 estão em estado crítico.
Já a força policial israelense apontou que 21 de seus agentes se machucaram, incluindo 3 que precisaram de atendimento médico.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, condenou as ações israelenses. “A invasão brutal das forças de ocupação israelenses e o ataque aos fiéis na abençoada Mesquita al-Aqsa e seus pátios é um novo desafio para a comunidade internacional”, acrescentou o seu porta-voz, Nabil Abu Rudeineh.
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, defendeu a ação da polícia. “Está é uma batalha entre tolerância e intolerância, entre violência sem lei e ordem”, completou.