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O vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), anunciou nesta terça-feira (7) que vai se desfiliar do Partido Liberal (PL) em razão de uma “incompatibilidade” político-eleitoral após a filiação do presidente Jair Bolsonaro ao partido.
Ramos diz que já tinha deixado claro que não permaneceria no partido, a partir do momento em que a filiação de Bolsonaro foi confirmada. “Eu sempre deixei claro da minha incompatibilidade de ser do mesmo partido do presidente Bolsonaro, não por nenhuma antipatia de cunho pessoal, mas porque considero que ele não é o melhor para o futuro do país”, afirmou.
“Diante disso, não posso comprometer o que eu acredito ser melhor para as futuras gerações e para as pessoas que eu represento pelo desejo do meu projeto eleitoral ou partidário”, acrescentou.
O PL é um dos partidos que compõem o Centrão, grupo de siglas que se caracteriza pela adesão a sucessivos governos, de diferentes ideologias.
A filiação do presidente aconteceu na sede do partido em Brasília e contou com a presidente do presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, ex-condenado no Mensalão.
Nesta terça, Marcelo Ramos disse que ainda apresentará uma “ação declaratória de justa causa” ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que deverá ser analisada pelo tribunal antes de efetivar sua desfiliação.
“Diante disso, o anúncio principal é a minha decisão tomada de sair do PL, com a gratidão de um partido que me acolheu, e me prestigiou”, declarou Ramos.
Durante a entrevista, ele apresentou uma carta assinada pelo presidente do partido, Valdemar da Costa Neto. A carta é uma espécie de “autorização” para a desfiliação do deputado e cita “divergência doutrinárias” entre o parlamentar e a legenda.