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Os governantes dos Emirados Árabes Unidos nomearam por unanimidade o xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan como presidente da nação hereditária na Península Arábica.
A agência de notícias estatal WAM disse que os governantes dos sete xeques do país tomaram a decisão em uma reunião realizada no Palácio Al Mushrif, em Abu Dhabi.
Isso ocorre depois que o presidente anterior, Khalifa bin Zayed Al Nahyan, morreu na sexta-feira aos 73 anos. A transição de poder marca apenas a terceira vez que o país aliado dos EUA elegeu um presidente desde que se tornou independente em 1971.
O último veio em 2004, quando Khalifa assumiu o lugar do pai dele e de Mohammed, Sheikh Zayed bin Sultan Al Nahyan, um mês após sua morte.
A velocidade do anúncio de sábado, um dia após a morte de Khalifa, parecia destinada a mostrar unidade e tranquilizar o mundo sobre a estabilidade do país produtor de petróleo e gás que abriga forças militares ocidentais.
A WAM descreveu a votação como unânime entre os governantes dos xeques do país, que inclui também a cidade de Dubai.
“Nós o parabenizamos e juramos fidelidade a ele, e nosso povo jura fidelidade a ele”, tuitou o governante de Dubai, Sheikh Mohammed bin Rashid Al Maktoum, após a votação.
“Todo o país é conduzido por ele para levá-lo nos caminhos da glória e da honra, se Deus quiser”.
Os Emirados Árabes Unidos como um todo estão observando um período de luto de três dias, com negócios fechados em todo o país e apresentações interrompidas em homenagem a Khalifa. Todos os outdoors eletrônicos mostravam a imagem do falecido xeque em Dubai na noite de sexta-feira, com bandeiras hasteadas a meio mastro.
Mohammed, de 61 anos, atuava como presidente de fato dos Emirados Árabes Unidos desde que um derrame em 2014 levou seu meio-irmão, Khalifa, a desaparecer da vista do público. Sob sua liderança, os Emirados Árabes Unidos adotaram uma abordagem mais militar, juntando-se à Arábia Saudita em sua sangrenta guerra de anos no Iêmen que ainda continua.
Mohammed suspeita da Irmandade Muçulmana e do Irã, provavelmente organizando uma campanha contra os islâmicos nos Emirados Árabes Unidos após a primavera árabe de 2011 e instando o Ocidente a adotar uma linha mais dura em relação a Teerã devido a preocupações com seu programa nuclear e seu apoio a grupos paramilitares em todo o país. região.
No entanto, desde a pandemia de coronavírus, os Emirados Árabes Unidos sob Mohammed procuraram reabilitar os laços com o Irã e a Turquia, que apoiaram os islâmicos na região.
