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A Operação Acolhida, que recebe venezuelanos que atravessam a fronteira em busca de melhores condições de vida, registrou a marca de 76.398 cidadãos do país vizinho interiorizados até maio de 2022. A estratégia permite a realocação dessas pessoas de Roraima para outros estados brasileiros e conta com o apoio do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR/ONU).
A Operação oferece assistência emergencial aos refugiados e imigrantes venezuelanos que entram no Brasil pela fronteira com Roraima, organizando a chegada deles, buscando inserção social e econômica e apoiando na procura por emprego e moradia, principalmente nos municípios de Boa Vista e Pacaraima.
Desde o início da Operação, os refugiados e imigrantes já foram interiorizados para 836 municípios. Manaus com 5.287 venezuelanos, Curitiba com 5.084, e São Paulo com 4.196, foram as cidades que mais receberam cidadãos do país vizinho. Os três estados do Sul são os recordistas nesse acolhimento. Para Santa Catarina foram interiorizadas 13.383 pessoas, seguida pelo Paraná (13.199) e Rio Grande do Sul (11.328) até o último mês.
Além do ACNUR, o trabalho é feito em parceria com as Forças Armadas, a Polícia Federal; a Receita Federal; a Defensoria Pública da União (DPU); o Tribunal de Justiça de Roraima; a Organização Internacional para as Migrações (OIM); o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF); o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA); e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha.
Para além do trabalho de interiorização, a estimativa é de que, nos últimos cinco anos, mais de 700 mil venezuelanos tenham cruzado a fronteira com o Brasil, de acordo com dados do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo informações da Receita Federal, mais de 378 mil CPFs foram emitidos.
De acordo com estimativas da ONU, mais de cinco milhões de pessoas foram forçadas a sair da Venezuela em busca de melhores condições de vida nos últimos anos e o Brasil é um dos cinco destinos mais procurados.
Com informações do Ministério da Cidadania.