A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, defendeu uma mudança no mandato do presidente do Banco Central (BC) para evitar que o nome escolhido por um governo permaneça no cargo durante dois anos na gestão de uma nova administração do Executivo. A declaração veio em meio às críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao atual chefe da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Todo mundo sabe que eu apoio a autonomia do BC. Mas eu tenho um questionamento que eu disse para alguns colegas no passado, não só do governo passado, mas serve até para esse governo, o governo do presidente Lula, pensando lá no próximo presidente. Acho que seria saudável. É saudável a autonomia do BC, mas eu questionei esses dois anos de um presidente de um banco central de governos passados. Acho que um ano é mais do suficiente para se adequar e passar o bastão”, afirmou Tebet após participar de uma sessão no Senado.
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A ministra ressaltou que “dois anos cria esse estresse, cria esse ruído”, referindo-se ao período em que o presidente do BC, nomeado por uma administração anterior, permanece no cargo durante o início de um novo governo.
Atualmente, o presidente do Banco Central tem um mandato de quatro anos, o que significa que o ocupante do cargo ainda fica dois anos na função após a troca de presidente da República. Esse arranjo, segundo Tebet, pode gerar tensões e falta de alinhamento entre a política monetária e a nova administração.
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Mais cedo, em entrevista à rádio Sociedade, de Salvador, o presidente Lula declarou que o BC pertence ao Estado brasileiro e não pode estar a serviço do mercado. O petista também afirmou que Campos Neto dirige o banco “com viés político”.
“Definitivamente, eu acho que ele tem um viés político, mas eu não posso fazer nada, porque ele é o presidente do BC, tem mandato. Eu tenho que esperar terminar o mandato e indicar alguém”, concluiu Lula.
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