O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) afirmou na manhã desta quarta-feira (31) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “cúmplice” do ditador venezuelano socialista Nicolás Maduro.
A declaração do ex-juiz da Lava Jato veio após Lula ter afirmado que o Brasil aguardará as atas das eleições na Venezuela para reconhecer o resultado, mas que considerou o pleito como “normal”.
“Fraude eleitoral, prisões, sequestros, mortes de manifestantes, mas, segundo Lula, na ‘democracia relativa’ da Venezuela, ‘é normal ter uma briga’. Eu nunca ouvi palavras tão vergonhosas e alucinadas da diplomacia presidencial brasileira. Lula é cúmplice da repressão de Maduro”, escreveu Moro na rede social X.
Pouco depois da 1ª fala de Moro, o senador voltou a rede social e disse que a diplomacia presidencial brasileira entrou definitivamente “no modo sem-vergonha”.
A declaração ocorre no contexto em que o Brasil ainda não se posicionou sobre as eleições na Venezuela. O Itamaraty está aguardando a divulgação das atas de votação para reconhecer o resultado divulgado no domingo (28), que declarou Nicolás Maduro como reeleito.
Na terça (30), Lula afirmou que não via nada de “anormal”, “grave” ou “assustador” na eleição venezuelana.
O PT, partido do presidente, foi além e a Executiva Nacional da legenda reconheceu a eleição de Maduro, classificando o pleito como uma “jornada pacífica, democrática e soberana”.