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O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta terça-feira (8), durante depoimento à CPI das Apostas Esportivas no Senado Federal, que os brasileiros movimentam até R$ 30 bilhões por mês em apostas online. O montante, segundo ele, seria suficiente para pagar cerca de 20 milhões de salários mínimos ou custear 30 milhões de cestas básicas completas.
Apesar do volume expressivo de recursos, Galípolo destacou que o Banco Central não tem competência legal para regular as plataformas de apostas nem impedir o uso de recursos públicos, como o Bolsa Família, nesse tipo de atividade. “Hoje o Banco Central não tem nenhuma atribuição para impedir que beneficiários do Bolsa Família façam apostas. Isso não está no nosso escopo nem na nossa competência”, afirmou.
O presidente do BC também explicou que a instituição não pode compartilhar dados que identifiquem apostadores a partir de transações feitas via Pix, por conta do sigilo bancário e da proteção de dados pessoais. Ele ressaltou ainda que a responsabilidade pela autorização de empresas do setor é da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), vinculada ao Ministério da Fazenda.
Segundo Galípolo, cabe à SPA indicar quais empresas estão regulares ou não, e a partir disso o Banco Central apenas orienta as instituições financeiras a bloquearem operações com casas de apostas irregulares. “Não é o Banco Central que interrompe a transação”, pontuou.
A próxima a depor na CPI das Apostas é a advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, que falará na quinta-feira (11), como testemunha sobre possíveis conexões entre influenciadores e esquemas ilegais no setor de apostas.
