No último sábado (13), as cirurgias previamente agendadas pelos hospitais do SUS foram suspensas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES).
A medida foi publicada no Diário Oficial, atinge sete macrorregionais, e já está em vigor.
Segundo a pasta, a decisão tem caráter preventivo e pode ser revista em 15 dias. Há exceção para pacientes cardíacos ou oncológicos com maior gravidade. Essa avaliação fica a cargo do médico especialista, que deve atestar se o atraso na cirurgia apresenta risco de o paciente morrer.
De acordo com a Secretaria, a decisão está baseada em quatro eixos: “Cobertura de medicamentos, capacidade de atendimento, incidência e velocidade do avanço da Covid-19″. Esses indicadores são reavaliados quinzenalmente.
Até esta segunda-feira (15), a Secretaria de Estado de Saúde apurou que 70,8% dos 4.057 leitos de UTI estão ocupados em Minas. De acordo com a pasta, os feriados consecutivos, relaxamento das medidas de proteção, festas de fim de ano e a queda do isolamento são fatores que contribuíram no aumento da ocupação de leitos no estado.
Ocupação de leitos de UTI em MG até 15 de fevereiro de 2021
- Centro: 77,64%
- Jequitinhonha: 56,06%
- Leste do Sul: 73,98%
- Noroeste: 71,84%
- Triângulo do Norte: 94,09%
- Triângulo do Sul: 63,81%
- Vale do Aço: 61,40%
Cidades nas macrorregiões de Saúde em MG
- Centro: Belo Horizonte, Nova Lima, Caeté, Betim, Curvelo, Contagem, Guanhães, Itabira, João Monlevade, Ouro Preto, Sete Lagoas e Vespasiano.
- Jequitinhonha: Diamantina, Serro, Minas Novas, Turmalina, Capelinha e Araçuaí.
- Leste do Sul: Ponte Nova, Manhuaçu 3 e Viçosa.
- Noroeste: Patos de Minas, São Gotardo, João Pinheiro e Unaí.
- Triângulo do Norte: Uberlândia, Araguari, Ituiutaba, Patrocínio e Monte Carmelo.
- Triângulo do Sul: Uberaba, Araxá, Frutal e Iturama.
- Vale do Aço: Ipatinga, Cel. Fabriciano, Timóteo e Caratinga.