Três homens foram presos na terça-feira (1º) pelas agressões que levaram à morte do congolês Moïse Kabagambe em um quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ).
Os três presos deverão responder por homicídio duplamente qualificado, impossibilidade de defesa e meio cruel. A Justiça decretou a prisão dos três homens nesta quarta-feira (02). O trio havia sido detido ainda na terça (1º) e a polícia tinha pedido a prisão ao Judiciário fluminense.
De acordo com a polícia, um dos presos é vendedor de caipirinhas na praia e foi preso em Paciência, também na Zona Oeste. Ele foi identificado apenas como Fábio Silva. Ainda segundo a polícia, Fábio confessou aos agentes que deu pauladas no congolês. Ele estava escondido na casa de parentes.
À tarde, outro homem que admite ter cometido as agressões que resultaram na morte do congolês se apresentou na 34ª DP (Bangu) e foi levado para a Delegacia de Homicídios do Rio. Ele foi identificado como Alisson Cristiano Alves de Oliveira e tem 27 anos.
Em um vídeo, Alisson afirmou que “ninguém queria tirar a vida dele” [Moïse] e que o grupo foi “defender o senhor” do quiosque do lado, com quem Moïse teria tido “um problema”, segundo Alisson.
O terceiro preso é Brendon Alexander Luz da Silva, o Tota. De acordo com a polícia, ele aparece no registro das agressões imobilizando Moïse no chão.
O dono do quiosque onde Moïse trabalhava prestou depoimento à polícia nesta terça. A defesa dele afirmou que o homem não conhece os agressores.
O dono do quiosque também negou que havia dívidas do quiosque com Moïse. Segundo sua defesa, ele estava em casa quando o congolês foi espancado e apenas um funcionário do estabelecimento estava no local no momento das agressões.
A polícia apreendeu uma arma usadas no crime: uma barra de madeira, que tinha sido descartada em um mato perto do local do crime, segundo Damasceno. O delegado também afirmou que as pessoas que agrediram o congolês não trabalham no quiosque.