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Na manhã desta quarta-feira (15), as forças de segurança do Rio de Janeiro deflagraram mais uma fase da Operação Torniquete, com foco no desmantelamento da “Caixinha do Comando Vermelho”, o núcleo financeiro da facção criminosa responsável por um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro. Durante a operação, três suspeitos foram mortos em confronto, 12 pessoas foram presas e sete ficaram feridas, incluindo um policial do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
A operação, que visava cumprir 13 mandados de prisão, resultou na captura de oito alvos e quatro prisões em flagrante. Um dos mandados não foi cumprido, pois o alvo foi morto em um confronto com uma facção rival. Cinco suspeitos seguem foragidos.
Em um dos pontos de ação, a polícia enfrentou dificuldades para acessar determinadas áreas. Agentes tiveram que usar maçaricos e retroescavadeiras para quebrar barreiras, incluindo uma improvisada cancela feita de trilhos de trem. Moradores de algumas áreas afetadas denunciaram abusos, alegando que agentes invadiram residências, revistaram celulares e realizaram buscas sem a devida autorização judicial.
O principal alvo da operação é Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, de 54 anos, considerado um dos responsáveis pela movimentação financeira da facção. A operação também visa atingir familiares e operadores que gerenciam a “Caixinha”, fundo alimentado por atividades criminosas como roubo e furto de veículos, cargas e extorsão, além de disputas territoriais entre facções.
As investigações, conduzidas com o auxílio de tecnologias avançadas, revelaram um esquema altamente sofisticado de manipulação de valores, com cerca de 5 mil operações financeiras, totalizando R$ 21 milhões provenientes de atividades ilícitas.
Os mandados de prisão foram expedidos pela 1ª Vara Criminal Especializada do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e estão sendo cumpridos em diversos locais do Rio, incluindo Bangu, Jacarepaguá, Nova Iguaçu, Ramos e Copacabana, além de áreas no estado da Bahia e Paraíba. A operação conta também com a atuação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que denunciou os envolvidos.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio investiga se houve vazamento das informações da operação, após relatos de que, na noite anterior, circulavam rumores sobre o movimento policial. Apesar disso, o secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, garantiu que isso não prejudicou o andamento da operação, que já cumpriu metade dos mandados de prisão.
O objetivo desta fase da Operação Torniquete é enfraquecer a base financeira do Comando Vermelho, impedindo que a facção continue suas atividades criminosas que afetam diretamente a população carioca.
#BOPE apreende arsenal de guerra no Complexo do Alemão, em mais uma fase da #OperaçãoTorniquete, integrada com MP, Polícia Civil e apoio da #SESP, (15/01). #PMERJ #ServireProteger pic.twitter.com/PAfZPhYZV1
— @pmerj (@PMERJ) January 15, 2025
