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O Rio de Janeiro registrou a maior taxa de desemprego entre jovens de 18 a 24 anos em todo o Brasil, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No segundo trimestre deste ano, 20,5% dos jovens fluminenses estavam sem ocupação — o que representa um em cada cinco nessa faixa etária.
O índice é quase o dobro da média nacional, de 12%, e coloca o estado à frente do Distrito Federal (20,3%) e de Pernambuco (20%), que também apresentam altos níveis de desocupação juvenil.
Os números reforçam a dificuldade enfrentada por quem está tentando ingressar no mercado de trabalho, especialmente os que buscam o primeiro emprego ou ainda não têm experiência profissional. Segundo o IBGE, a falta de experiência continua sendo um dos principais obstáculos para os jovens, já que muitas empresas preferem contratar candidatos considerados “prontos”.
O programa Jovem Aprendiz, criado justamente para ampliar as oportunidades para quem está começando, conta atualmente com 674.849 participantes ativos no país, conforme o Ministério do Trabalho e Emprego. Desse total, 310.580 têm entre 18 e 24 anos. No entanto, o acesso ao programa ainda é desigual, sobretudo nas regiões metropolitanas.
Na periferia do Rio de Janeiro, o cenário é ainda mais grave: a taxa de desemprego entre jovens chega a 28,1%, evidenciando a disparidade regional dentro do próprio estado. Especialistas apontam que a falta de políticas públicas de qualificação e a retração no número de vagas formais dificultam a entrada dos jovens no mercado.
