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O delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Bernardo Leal Annes Dias teve uma das pernas amputada na altura do joelho após ser baleado durante a Operação Contenção, realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. A ação, que mobilizou milhares de agentes das polícias Civil e Militar, resultou em 121 mortes e deixou outros 12 policiais feridos.
Nas redes sociais, colegas de corporação têm feito campanhas de doação de sangue e pedidos de oração pelo delegado e demais feridos. O Hemorio, responsável por coordenar as doações no estado, reforçou o apelo à população para manter os estoques abastecidos.
A Polícia Civil divulgou os nomes completos dos policiais atingidos durante a operação, junto com os locais de doação. Ao todo, quatro policiais morreram nos confrontos — dois do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e dois da própria corporação. As vítimas foram identificadas como Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, Rodrigo Velloso Cabral, PM Heber Carvalho da Fonseca e PM RG Cleiton Serafim Gonçalves.
Lista parcial de mortos e suspeitos identificados
O governo do Rio de Janeiro divulgou nesta sexta-feira (31) uma lista parcial com 99 pessoas identificadas entre os mortos na operação. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, 78 delas tinham histórico criminal, e 42 estavam com mandados de prisão em aberto.
De acordo com o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi, 39 dos mortos identificados eram oriundos de outros estados, o que, segundo ele, reforça a presença de chefes do tráfico interestaduais na região.
“Entre os mortos estão criminosos com forte atuação em outros estados e conexões diretas com o comando do tráfico local”, afirmou Curi.
Entre os identificados de fora do Rio estão 13 do Pará, 7 do Amazonas, 6 da Bahia, 4 de Goiás, 4 do Ceará, 3 do Espírito Santo, 1 do Mato Grosso e 1 da Paraíba.
