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Em um duro golpe ao crime organizado, as forças de segurança de São Paulo deflagraram nesta terça-feira (6) a Operação Salus et Dignitas, visando desmantelar o ecossistema financeiro de uma facção criminosa que atuava na região central da capital. A quadrilha utilizava hotéis, comércios e outros estabelecimentos no entorno da Cracolândia para lavar dinheiro do tráfico de drogas e financiar suas atividades ilícitas.
As investigações, que duraram cerca de um ano, revelaram um esquema sofisticado de lavagem de dinheiro, onde os criminosos utilizavam a exploração de dependentes químicos para obter lucros exorbitantes. Segundo o Ministério Público, a ação criminosa contribuía para a violação dos direitos humanos e a manutenção de um ambiente de insegurança na região.
A operação contou com a participação de diversas forças policiais, incluindo a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Gaeco, além de órgãos federais como a Polícia Federal, a Rodoviária Federal e a Receita Federal. Ao todo, foram cumpridos 117 mandados de busca e apreensão e sete de prisão, resultando na apreensão de mais de R$ 155 mil em espécie, drogas, armas, veículos e equipamentos eletrônicos.
Paralelamente às ações policiais, uma equipe multidisciplinar composta por profissionais de saúde e assistência social foi responsável por atender as famílias que residem nos imóveis alvo da operação. As pessoas foram encaminhadas para equipamentos públicos, como a Central Integrada de Atenção e Acolhimento e o Hub de Cuidados em Crack e Outras Drogas, visando garantir o acesso a serviços essenciais e promover a reinserção social.
“Essa é mais uma etapa das diversas operações que realizamos no centro de São Paulo para atacar a logística criminosa que se instaurou na região”, comentou o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
De acordo com o chefe da pasta da segurança paulista, essa ação conjunta é um passo fundamental para combater o crime organizado que atua no local. “Identificada a raiz do problema e aqueles que lucram com a violação dos direitos humanos das cenas abertas de uso, cabe aos nossos agentes de segurança desarticular esse ecossistema para que, de forma inédita, possamos tratar o problema da região de maneira ampla e revolvê-la para a população. Os índices de criminalidade em queda demonstram que estamos no caminho certo”, explicou.
Para o governador de São Paulo, a operação representa um grande marco na história do estado devido à integração das forças de segurança. “As pessoas olham para a situação no centro e só notam a ponta do iceberg, mas hoje nós atacamos todo o ecossistema por trás disso”, afirmou.
A operação contou com mais de 1,3 mil agentes públicos, 30 cães do Canil da Polícia Militar e duas aeronaves, com foco na desarticulação da logística do crime organizado em diferentes pontos da região central da capital paulista. Houve a participação da Polícia Federal, da Rodoviária Federal e Receita Federal.