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A Prefeitura de Barueri, na Grande São Paulo, exonerou nesta sexta-feira (16) o secretário da Educação, Celso Furlan, após declarações polêmicas em uma reunião com diretores das escolas da cidade, em que afirmou que pessoas com deficiência “não têm condição de aprender”. O encontro ocorreu na última terça-feira (13) e o áudio da reunião foi vazado em uma rede social.
Durante a reunião, Furlan disse que mães levam filhos com deficiência para a escola apenas para “se livrar” das crianças. “Um garoto com problema de autismo significa 20 alunos a mais. Esse é um caso sério a se pensar. Não que eu queira descartar, mas nós temos a Casa dos Autistas, que fica em nossa Secretaria dos Deficientes. Mas as mães não estão preocupadas com isso. Elas querem se livrar do filho, e nós cuidamos deles. Não é certo”, afirmou o ex-secretário.
Ele continuou com declarações consideradas ofensivas: “Porque tem casos de deficientes cadeirantes que não mexem nenhum membro do corpo. Nada. Tudinho torto, não tem condição de aprender nada”.
Em nota oficial, a Prefeitura de Barueri lamentou o ocorrido e ressaltou que “mantém uma política séria, ética e inclusiva voltada aos cuidados da pessoa com deficiência, seus familiares e cuidadores”. A administração confirmou a exoneração de Furlan do cargo de secretário da Educação.
O ex-secretário também se manifestou por meio de nota, alegando que a gravação foi retirada de contexto. “Se trata de um recorte. O assunto foi tema de uma reunião de trabalho, onde se discutia a criação de ambientes escolares com mais oportunidades de aprendizado e infraestrutura para os alunos com deficiência”, disse.
Ele ainda afirmou reconhecer “a importância de uma comunicação clara e respeitosa em todos os momentos” e que seu “objetivo não foi desrespeitar ou causar qualquer tipo de constrangimento. Repito: se trata de um recorte fora de contexto”.
