ButanVac
Nesta sexta-feira (23), o Instituto Butantan informou que pediu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorização para iniciar os testes a vacina ButanVac em seres humanos. Instituto espera produzir 40 milhões de doses da vacina até julho, se aprovada.
Dimas Covas, presidente do Butantan,, disse que o Instituto submeteu o protocolo para as fases 1 e 2 do estudo clínico da ButanVac, compostas por estudos controlados com placebo que avaliarão a segurança e eficácia do imunizante em adultos no Brasil.
“É um estudo que tem uma duração prevista máxima de 20 semanas, mas que a partir da 16ª ou 17º semana nós vamos poder ter já os resultados de análise primária e, com isso, solicitar o uso emergencial pela Anvisa. A vacina será muito rapidamente produzida aqui no Brasil integralmente. Não depende de nenhuma importação de matéria-prima, com uma capacidade enorme de produção”, disse Dimas Covas.
Doria anunciou, em entrevista concedida em 26 de março, que a vacina “é a 1ª vacina 100% nacional, integralmente desenvolvida e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan”. Horas depois, o jornal Folha de S.Paulo divulgou uma reportagem contestando a informação.
A ButanVac utiliza como vetor a variante da doença de Newcastle. A tecnologia para produzir imunizantes com esse vírus específico é do Instituto Mount Sinai, dos Estados Unidos. O fato foi omitido no anúncio feito pelo Butantan e pelo governo de São Paulo.