A sessão na Comissão Mista do Orçamento que discute a liberação de crédito extra de R$ 248 bilhões para o governo foi adiada para 11 de junho, em meio ao impasse entre parlamentares do governo e da oposição sobre a aprovação do recurso adicional. Governo precisa do dinheiro para o dia 15 de junho.
O senador Flavio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro, criticou os parlamentares da oposição e afirmou que, sem os recursos, programas do governo travam.
“Se não for aprovado esse crédito agora, o Plano Safra, a partir de junho, não tem mais dinheiro. Agricultura, motor da nossa economia, vai ficar sem recurso por causa de alguns deputados que estão fazendo obstrução. Bolsa Família, a partir de setembro vai faltar dinheiro para pagar”, alertou.
“É preciso ter responsabilidade neste momento, a eleição já acabou. Não precisamos de um terceiro turno”, disse.
Se o pedido de suplementação não for aprovado até o dia 15, o Executivo terá que emitir dinheiro de empréstimos (dívida) para pagar gastos correntes — como salários de servidores, aposentadorias, benefícios assistenciais, Bolsa Família, subsídios agrícolas.
Dilma Rousseff foi acusada de cometer o pecado de romper a regra de ouro. As tais “pedaladas”, que levaram-na a ser acusada de “crime de responsabilidade” e serviram de base para o seu impeachment. O governo Bolsonaro pediu autorização ao Congresso para emitir R$ 248,9 bilhões em dívidas para pagar despesas correntes.