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O papa Francisco considerou retornar à Argentina em diversas ocasiões desde o início de seu pontificado, mas fatores políticos e questões de saúde influenciaram sua decisão de permanecer no Vaticano. Segundo o site argentino Infobae,a possibilidade de visita ao país natal foi analisada durante diferentes governos, mas nunca se concretizou.
Ainda conforme o veículo argentino, Jorge Mario Bergoglio demonstrava saudade da Argentina, especialmente de Buenos Aires, onde atuou como arcebispo. Fontes próximas ao pontífice afirmam que ele via uma eventual visita como um gesto que poderia ser interpretado politicamente, dependendo do momento e do governo em exercício.
Durante o período de Cristina Fernández de Kirchner na presidência, Francisco manteve encontros com a ex-mandatária no Vaticano, inclusive em ocasiões informais. No entanto, segundo interlocutores do papa, ele decidiu não visitar o país enquanto ela estivesse no poder. A relação entre o pontífice e os Kirchner foi marcada por episódios de tensão e aproximação em diferentes momentos.
Na transição entre os governos de Cristina Kirchner e Mauricio Macri, o papa tentou interceder para evitar polarizações políticas, mas seus esforços não avançaram. Com Macri, as divergências eram mais evidentes. Durante o único encontro oficial entre os dois em Roma, a reunião foi breve e sem maiores desdobramentos.
Durante o governo de Alberto Fernández, surgiu uma nova possibilidade de visita, já que havia uma relação pessoal entre ambos. Contudo, a aprovação da lei que legalizou o aborto no país, com apoio do presidente, teria desagradado o pontífice. Embora não tenha se manifestado publicamente de forma direta, Francisco não visitou a Argentina durante esse período.
Já durante a campanha eleitoral de 2023, o então candidato Javier Milei fez críticas públicas ao papa. Após sua vitória e posse, Milei viajou ao Vaticano e foi recebido por Francisco em audiência. O encontro foi descrito como cordial, e o papa chegou a quebrar o protocolo ao cumprimentar o presidente argentino após a cerimônia de canonização de Mama Antula.
Embora tenha sido especulada uma possível viagem do pontífice à Argentina em 2024, incluindo uma breve passagem pelo Uruguai, a visita não se confirmou. O Vaticano não anunciou nenhum plano concreto nesse sentido, e fontes da Santa Sé indicam que a combinação de fatores políticos e de saúde pessoal influenciou a decisão do papa de permanecer em Roma.
Francisco, eleito papa em 2013, permanece no Vaticano desde então. Até o momento, ele não retornou à Argentina desde sua eleição como líder da Igreja Católica.
