A inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu 0,86% em fevereiro de 2021 na comparação com janeiro.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (09). É a maior alta para o mês desde 2016.
O IPCA acumula alta de 1,11% no ano e, em 12 meses, de 5,20%, acima dos 4,56% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
Segundo consenso Refinitiv, a estimativa era de alta de 0,72% na comparação com janeiro, após dado anterior com alta de 0,25%. Já na base de comparação com fevereiro de 2020, a expectativa era de alta de 5,06%.
Com alta de 7,11%, a gasolina foi, individualmente, o item que mais impactou o índice no mês, com participação de cerca de 42% no resultado final (0,36 p.p.). Além da gasolina, os preços do etanol (8,06%), do óleo diesel (5,40%) e do gás veicular (0,69%) também subiram. Com isso, os combustíveis acumulam alta de 28,44% nos últimos nove meses. Em fevereiro, o grupo transportes teve alta de 2,28%. Já a educação (2,48%) teve a maior variação entre os grupos. O maior impacto do grupo veio dos cursos regulares (3,08%).
O grupo alimentação e bebidas variou 0,27% em fevereiro, desacelerando pelo terceiro mês consecutivo. A queda nos preços da batata-inglesa (-14,70%), do tomate (-8,55%), do leite longa vida (-3,30%), do óleo de soja (-3,15%) e do arroz (-1,52%) contribuíram para a desaceleração na alimentação no domicílio (0,28%). Houve aumento no preço da cebola (15,59%) e das carnes (1,72%).
Houve desaceleração na alimentação fora do domicílio, que foi de 0,91% em janeiro para 0,27% em fevereiro, principalmente por causa da variação do lanche (0,11%), que no mês anterior havia aumentado 1,83%. A alta nos preços atingiu todas as 16 regiões pesquisadas no IPCA.
ipcaO maior resultado ficou com a região metropolitana de Fortaleza (1,48%), impactado principalmente pela alta de 8,86% nos cursos regulares. O menor foi registrado no Rio de Janeiro (0,38%), influenciado pela queda nos preços das passagens aéreas (-10,73%) e do transporte por aplicativo (-16,5%).