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As contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$ 6,59 bilhões em agosto, o maior saldo negativo registrado para o mês em uma década. Esse valor representa um aumento de 580,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o déficit foi de US$ 969 milhões.
O Banco Central (BC) divulgou os dados nesta quarta-feira (25). O relatório de estatística do setor externo do BC, que analisa mensalmente as transações correntes do país, inclui a balança comercial (que considera exportações e importações) e os serviços adquiridos por brasileiros no exterior, como remessas de juros, lucros e dividendos enviados a outros países.
Segundo a autoridade monetária, o último saldo negativo superior a US$ 6,59 bilhões ocorreu em agosto de 2014.
Em agosto, a balança comercial registrou um superávit de US$ 4 bilhões, uma queda em relação ao saldo positivo de US$ 8,8 bilhões registrado no mesmo mês de 2023. As exportações de bens totalizaram US$ 29,2 bilhões, apresentando uma diminuição de 6,8% em comparação ao ano anterior, enquanto as importações aumentaram 12,0%.
No que diz respeito à conta de serviços, o saldo negativo alcançou US$ 4,7 bilhões, um aumento em relação ao déficit de US$ 3,1 bilhões do mesmo mês em 2023. Além disso, o déficit na renda primária somou US$ 6,2 bilhões, 12,1% abaixo do saldo negativo de US$ 7,0 bilhões registrado em agosto do ano passado.
No acumulado de 12 meses até agosto, as transações correntes apresentaram um déficit de US$ 38,6 bilhões, equivalente a 1,75% do Produto Interno Bruto (PIB). Em julho, esse saldo negativo era de US$ 33,0 bilhões, representando 1,49% do PIB, enquanto em agosto de 2023 o déficit era de US$ 32,2 bilhões, correspondente a 1,54% do PIB.