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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou na manhã desta segunda-feira (21) que a implementação de uma reforma administrativa pelo Governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é crucial para a redução da taxa de juros.
Segundo Campos Neto, essa reforma demonstraria um comprometimento com a política fiscal e ajustes nas despesas governamentais.
O presidente do BC mencionou ter lido notícias sobre possíveis reformas administrativas, embora não soubesse se eram oficiais. Ele expressou a expectativa de que, após as eleições, algumas medidas fossem anunciadas, ressaltando a importância delas para que o Banco Central possa reduzir as taxas de juros de forma sustentável.
Campos Neto enfatizou que a missão do BC é alcançar a meta de inflação, o que se torna desafiador quando há uma percepção de falta de ancoragem fiscal.
O governo está preparando medidas para ajustar suas contas, após ter priorizado o equilíbrio fiscal por meio do aumento de receitas.
Recentemente, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que é o momento de revisar os gastos públicos com seriedade, ressaltando que não é mais viável resolver as questões fiscais apenas pelo lado da receita. Ela afirmou que o arcabouço fiscal permanece em vigor, sem perspectivas de alteração.
Embora não tenha especificado quais gastos serão revisados pela equipe econômica, Tebet mencionou os supersalários do funcionalismo, qualificando-os como imorais.
Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está fixada em 10,75%. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa em 0,25 ponto percentual, marcando o primeiro aumento sob o governo Lula.
O Copom justificou a elevação alegando que observou riscos inflacionários no cenário interno, e indicou que esse aumento representa o início de um novo ciclo.
Economistas do mercado financeiro projetam que a taxa de juros chegue a 11,75% até o final de 2024. A próxima reunião do Copom está agendada para o início de novembro.