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O dólar registrou forte queda nesta quinta-feira (12), com investidores reagindo à nova alta de juros anunciada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC). A saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e dados internacionais também estão no radar dos agentes financeiros.
Na véspera, o Copom decidiu acelerar o aumento da taxa básica de juros (Selic), elevando-a em 1 ponto percentual, de 11,25% para 12,25% ao ano. O colegiado também adotou um tom mais enfático em seu comunicado. O BC indicou que o cenário está “menos incerto e mais adverso”, projetando uma Selic de 14,25% ao ano para 2025.
Internacionalmente, investidores estão atentos a dados de inflação ao produtor e de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, bem como à decisão sobre juros do Banco Central Europeu (BCE).
Às 10h30, o dólar caía 1,14%, cotado a R$ 5,9000, com mínima de R$ 5,8686. Na véspera, a moeda norte-americana recuou 1,30%, fechando a R$ 5,9682, acumulando uma queda de 1,70% na semana e 0,54% no mês, embora ainda apresente uma valorização de 22,99% no ano.
O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, também operava em queda, com retração de 1,41%, aos 127.666 pontos, após uma alta de 1,06% no dia anterior, quando fechou a 129.593 pontos. O índice acumula um avanço de 2,90% na semana e alta de 3,12% no mês, embora tenha recuado 3,42% no ano.
O destaque do dia foi a decisão do Copom de aumentar a Selic, na maior elevação de juros do governo Lula e a mais expressiva desde fevereiro de 2022, quando a alta foi de 1,5 ponto percentual. O comunicado do Copom apontou uma série de riscos que influenciam as decisões, como a possibilidade de uma desancoragem das expectativas de inflação, uma maior pressão inflacionária no setor de serviços e um cenário de políticas econômicas internas e externas que possam impactar a inflação, como uma taxa de câmbio mais depreciada.
Além disso, o mercado segue atento ao estado de saúde do presidente Lula, que passou por um procedimento para evitar novos sangramentos na cabeça. Segundo o médico responsável, a intervenção foi “um sucesso” e não deve afetar a previsão de alta da UTI, que ocorre ainda nesta quinta-feira. O procedimento, que não é considerado uma cirurgia, faz parte do protocolo pós-cirúrgico.
Por fim, o quadro fiscal do país continua a ser monitorado, com o mercado preocupado com a aprovação do pacote de cortes de gastos do governo federal no Congresso, além da recente aprovação da regulamentação da reforma tributária pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.
No exterior, os investidores aguardam a divulgação de novos dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos, que, juntamente com os pedidos de auxílio-desemprego, são fatores importantes para a política de juros do Federal Reserve (Fed). A decisão sobre a taxa de juros do Banco Central Europeu também segue sendo um ponto de atenção.