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O dólar registrou uma queda frente ao real nesta quinta-feira, devolvendo os ganhos acumulados no dia anterior. A cotação da moeda norte-americana recuou 0,49%, fechando a R$ 5,7649, o menor valor desde 18 de novembro de 2024, quando o dólar foi cotado a R$ 5,7484. O movimento reflete a correção de preços no Brasil, após um ano de cotações inflacionadas, além de uma expectativa de um governo dos Estados Unidos mais moderado do que inicialmente esperado.
O dia anterior havia sido marcado por uma leve alta de 0,40%, interrompendo uma sequência de 12 quedas consecutivas – a maior registrada em 20 anos. Segundo analistas, o movimento atual pode ser explicado pelo aumento do fluxo de investimentos para mercados emergentes, com os investidores ajustando suas posições no dólar. Essa mudança é impulsionada pela diminuição das tensões comerciais, que, no ano passado, foram geradas pelo governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, com a imposição de sobretaxas sobre produtos importados.
Além disso, dados recentes mostram que os pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram 11 mil, totalizando 219 mil solicitações na última semana, um indicador de desaquecimento da economia americana. Este cenário reforça a perspectiva de que o Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, deve manter os juros no atual patamar entre 4,25% e 4,50%, ou até mesmo iniciar uma nova rodada de redução das taxas.
No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou sobre o andamento das propostas fiscais em entrevistas a rádios da Bahia. Lula acredita que o Congresso Nacional aprovará o projeto que aumenta a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. No entanto, o presidente destacou que o Ministério da Fazenda e a Receita Federal já prepararam uma medida para compensar a possível renúncia fiscal decorrente dessa alteração.
Esse movimento reflete a conjuntura econômica em que o mercado está operando, com os investidores ajustando suas expectativas sobre os próximos passos do Federal Reserve e as políticas fiscais no Brasil, enquanto observam os sinais de uma recuperação econômica mais gradual em ambos os países.
