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O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), utilizado como principal referência para o reajuste de contratos de aluguel no Brasil, voltou a registrar alta em abril, com variação de 0,24% em relação ao mês anterior, conforme dados divulgados nesta terça-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). O número representa uma retomada da inflação medida pelo indicador, que havia recuado 0,34% em março.
Com o resultado de abril, o IGP-M acumula alta de 1,23% no ano e de 8,5% nos últimos 12 meses. Esse desempenho impacta diretamente os contratos de aluguel com vencimento em maio, que terão seus valores corrigidos de acordo com a inflação acumulada do período.
Na prática, o impacto para os inquilinos pode ser significativo. Um contrato de aluguel de R$ 1.500, por exemplo, passará para R$ 1.627,50, um acréscimo de R$ 127,50 por mês. Para evitar esse aumento, especialistas recomendam que os locatários tentem negociar diretamente com os proprietários, especialmente em casos onde o valor reajustado possa ultrapassar a média de mercado.
Apesar de o IGP-M ainda ser amplamente utilizado como indexador de reajustes, após a pandemia da Covid-19 muitos contratos passaram a adotar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação oficial do país e costuma apresentar variações mais moderadas.
O IGP-M considera a oscilação de preços em três grandes setores da economia: o atacado, a construção civil e o consumo, o que o torna mais sensível a choques nos preços de matérias-primas e insumos industriais e agrícolas.
Segundo o Censo do IBGE de 2022, 20,9% da população brasileira – ou cerca de um em cada cinco cidadãos – vive em imóveis alugados, o que evidencia o impacto direto do índice no orçamento de milhões de famílias pelo país.
