Em um discurso nesta quarta-feira (24), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), falou como pré-candidato à Presidência da República durante a convenção do PSD, em Brasília.
Apesar de ter evitado formalizar categoricamente sua entrada na disputa, ele disse que estará “a serviço do Brasil” em 2022 e prometeu a elaboração de um “planejamento de nação”.
Após o evento, Pacheco foi tratado como pré-candidato pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab, mas evitou assumir o posto e disse que a pré-candidatura será formalizada no “momento oportuno”.
“Precisamos ter alternativas para que o Brasil possa se submeter a uma mudança tranquila”, disse Pacheco, no evento. “Convocado a essa missão de servir o PSD, eu o faço na condição de presidente do Congresso, e em relação às eleições de 2022, reforço que estarei de corpo, alma, mente e coração a serviço do partido e a serviço do Brasil”.
O presidente do Senado afirmou que a economia brasileira está “contaminada”, falou de propostas por uma educação mais inclusiva e na defesa do meio ambiente: “Que esse movimento do PSD possa ser interpretado como uma contribuição do partido a democracia brasileira. Vamos construir uma proposta”.
Sem mencionar diretamente Bolsonaro, Pacheco disse que “embora alguns tenham sugerido que não houvesse eleição, o que foi prontamente repudiado, as eleições acontecerão”.
“Amor ao Brasil não é só colocar camisa brasileira e sair xingando o STF e ao Congresso. Amar o Brasil é respeitar o que é diferente”, disse em referência aos apoiadores de Bolsonaro.
Em sua fala, Pacheco fez outras críticas à gestão atual, citando problemas “evitáveis” e o radicalismo como questões centrais. Também defendeu um “planejamento de nação”.
“O que estamos vivendo no Brasil hoje são diversos problemas que seriam plenamente evitáveis se fizéssemos da política aquilo para o que ela existe, que é buscar solução para a vida das pessoas”, afirmou.
“Estamos vivendo o radicalismo e extremismo que está acabando com o Brasil e precisamos conter”, disse Pacheco.
Ele afirmou que a “política da discórdia está acabando com o Brasil”. “Com a alta do juros, a desvalorização da nossa moeda e a violência é difícil fazermos solução de caminho da solução sem planejamento. O que temos que pregar é defesa da democracia, é um planejamento de nação”, afirmou.
Pacheco falou também em pacificação nacional e na defesa dos direitos das mulheres, dos negros e também o combate ao desmatamento ilegal na Amazônia. Falou ainda na responsabilidade fiscal e defendeu programas sociais como o Bolsa Família.