Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Jornalistas da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) irão paralisar suas atividades nesta quarta-feira, 25 de setembro, e na quinta-feira, 26 de setembro. A greve deve impactar a TV Brasil, a Agência Brasil, a Rádio Nacional, a Rádio MEC e outros veículos, como Canal Gov, Agência Gov e a Voz do Brasil.
De acordo com os sindicatos de jornalistas do Distrito Federal, de São Paulo e do Rio de Janeiro, o movimento é uma reação à imposição de um novo Plano de Cargos e Remunerações (PCR) que estabelece uma tabela salarial 12% inferior para os jornalistas em comparação a outros cargos de nível superior na estatal, o que compromete a isonomia atualmente existente.
Os jornalistas demandam a unificação das tabelas salariais de nível superior. Segundo os sindicatos, a nova tabela proposta pela direção da EBC é discriminatória e se fundamenta em uma lógica de salário-hora, uma prática que não existe em outras empresas públicas e privadas, e que, segundo eles, busca burlar a legislação que define a jornada específica de trabalho dos jornalistas.
Esta é a segunda greve dos jornalistas da EBC em setembro. Na primeira semana do mês, 95% dos jornalistas aderiram a uma paralisação histórica de 48 horas, nos dias 3 e 4, em resposta à intransigência da direção da empresa, que não demonstrou disposição para discutir alternativas para a proposta, que foi tornada pública há cerca de dois meses.
Os sindicatos informaram que a situação foi debatida com representantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República e da Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Sest), vinculada ao Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
Em todas as ocasiões, foi enfatizado que os jornalistas não têm a intenção de enterrar o PCR ou de procrastinar sua aplicação indefinidamente, mas sim de corrigir as distorções e as violações à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) presentes na proposta.
Os sindicatos afirmaram que defendem a isonomia salarial e a extensão dos direitos já conquistados por outras categorias a todos os que ficaram para trás, incluindo, por exemplo, categorias de nível superior como produtores executivos, que também estão sendo prejudicadas.