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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, interrompeu nesta quarta-feira (29) o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, em pronunciamento sobre a megaoperação policial no Rio de Janeiro que resultou em pelo menos 119 mortos, gerando um momento de desconforto diante da imprensa.
O pronunciamento ocorreu após reunião de quase três horas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros ministros, quando Lula determinou que Lewandowski e Rodrigues fossem ao Rio de Janeiro ainda nesta quarta para avaliar junto ao governador Cláudio Castro (PL) que tipo de apoio o estado precisaria do governo federal.
Lewandowski liderou a maior parte das explicações, deixando Rodrigues falar apenas nos momentos finais. O diretor-geral afirmou que a Superintendência da PF no Rio estava ciente da operação realizada na terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão.
O ministro, no entanto, interrompeu Rodrigues para esclarecer que o contato havia sido feito apenas em nível operacional, e não político. Segundo Lewandowski, se o governador Cláudio Castro quisesse apoio federal, deveria ter comunicado formalmente às instâncias superiores do governo.
Rodrigues detalhou que um servidor da superintendência recebeu apenas um comunicado sobre a operação, sem informações relevantes, e desconhecia que seriam deflagrados cerca de 100 mandados de prisão e busca e apreensão. Após analisar a comunicação, o servidor concluiu que “não era uma operação razoável” para a participação da PF, que atua prioritariamente com inteligência e levantamento de informações, e não na execução final das ações.