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A fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia, está sob investigação do Ministério Público do Trabalho da Bahia (MPT-BA) após denúncias de condições de trabalho degradantes e agressões físicas contra operários. A acusação, divulgada pela Agência Pública, envolve principalmente trabalhadores chineses contratados por empresas terceirizadas responsáveis pelas obras da montadora.
A empresa reconheceu os problemas e anunciou medidas para melhorar as condições no local, em resposta aos questionamentos feitos pela imprensa.
De acordo com a reportagem, operários estrangeiros enfrentam jornadas de até 12 horas diárias, todos os dias da semana, sem o fornecimento adequado de equipamentos de proteção individual (EPIs). Em alguns casos, trabalhadores foram vistos bebendo diretamente de poças devido à falta de água potável.
Imagens e vídeos obtidos pela Agência Pública documentam agressões físicas, com relatos de superiores aplicando socos e pontapés nos operários. As condições de alojamento também foram descritas como precárias, com espaços mal iluminados, sujos e sem limpeza regular nos banheiros.
Além disso, a pressão para o cumprimento de prazos teria levado ao uso de violência como forma de disciplina. O MPT-BA confirmou ao UOL Carros que abriu um inquérito para apurar as denúncias, incluindo as condições de trabalho e os relatos de agressão. Uma inspeção foi realizada em 11 de novembro, com a presença de um procurador e da Polícia Federal.
