Neste sábado (12), o Irã executou o jornalista ativista Ruhollah Zam, que morou por anos como exilado na França, após a confirmação da condenação à morte por seu papel nos protestos contra o governo de Teerã em 2017 e 2018.
Ruhollah Zam foi enforcado no sábado, depois que a Suprema Corte manteve a sentença de morte contra ele, informou a televisão estatal.
Zam, que vivia exilado na França, teria sido detido depois de viajar para o Iraque no ano passado.
O jornalista dirigia um canal (AmadNews) na plataforma de mensagens Telegram. Ele foi condenado por desempenhar um papel ativo, com o canal, nos protestos do fim de 2017 e início de 2018.
A rede, que tinha mais de um milhão de seguidores no aplicativo de mensagens criptografadas Telegram, compartilhou vídeos de protestos e informações prejudiciais sobre autoridades iranianas.
Ele foi removido pelo Telegram por violar as regras da empresa sobre a postagem de conteúdo perigoso, mas posteriormente reaberto com um nome diferente.
O jornalista é filho do clérigo xiita Mohammad Ali Zam, um reformista que já ocupou um cargo político no governo no início dos anos 1980. O clérigo escreveu uma carta publicada pela mídia iraniana em julho de 2017, na qual disse que não apoiaria seu filho por causa das reportagens e mensagens do AmadNews em seu canal Telegram.
O pai de Zam postou no sábado em sua conta no Instagram que as autoridades iranianas não notificaram seu filho de que ele havia sido condenado à execução.