A Índia anunciou neste domingo (3) a autorização para uso emergencial de duas vacinas contra a Covid-19: uma desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e outra pelo grupo farmacêutico indiano Bharat Biotech.
Essas duas vacinas “são aprovadas para uso restrito em situações de emergência”, declarou em uma entrevista coletiva o Controlador-Geral de Medicamentos do país, V.G. Somani. As autoridades “nunca dariam sua aprovação se houvesse qualquer preocupação com a segurança”, tranquilizou Somani. “Essas vacinas são 100% seguras”, ele continuou, acrescentando que os efeitos colaterais observados, como “febre baixa, dor e alergias eram comuns a todas as vacinas”.
O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, estimou que esta aprovação, seguida de um procedimento acelerado, foi “uma virada decisiva para fortalecer o espírito de combate” e para “acelerar a marcha para uma nação mais saudável, livre da Covid-19”.
Com uma população de 1,3 bilhão de pessoas, a Índia é o segundo país mais afetado pela pandemia em todo o mundo: são mais de 10,3 milhões de infectados e quase 150.000 mortos em decorrência do novo coronavírus.
Campanha de vacinação à vista
As autoridades de saúde da Índia informaram que a taxa de novas infecções diminuiu expressivamente em comparação com a situação de setembro, quando mais de 90.000 novos casos eram registrados por dia no país.
Este sinal verde deve permitir o início de uma vasta campanha de vacinação. Os exercícios de simulação já foram realizados em âmbito nacional e 96.000 profissionais de saúde foram treinados para administrar as doses da nova vacina.
O Serum Institute na Índia, o maior produtor mundial de vacinas, disse que fabrica entre 50 e 60 milhões de doses da vacina da AstraZeneca por mês. De acordo com o diretor-executivo da instituição, Adar Poonawalla, a vacina estará “pronta para distribuição nas próximas semanas”.
Da AFP, com RFI