O Exército israelense interceptou um míssil balístico lançado pelos rebeldes Houthis do Iêmen na quinta-feira (9). Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), graças a um projétil Hatz do sistema de defesa Arrow, o foguete foi neutralizado antes de entrar no espaço aéreo israelense, na área do Mar Vermelho. Não houve vítimas relatadas.
O episódio ocorreu horas depois de um drone inimigo atingir uma escola primária na cidade de Eilat, no sul do país, desencadeando alertas de emergência na área e deixando pelo menos seis pessoas hospitalizadas por inalação de fumaça e ataques de ansiedade.
Desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, várias milícias terroristas na região, também financiadas pelo Irã, demonstraram seu apoio aos palestinos, acrescentando seus próprios ataques contra o Estado Judeu.
Assim, os rebeldes Houthis declararam que continuarão com este tipo de ações “até ao fim da agressão israelita contra a Faixa de Gaza”, um sinal de que a tensão na zona estaria longe de diminuir. “Os movimentos hostis não impedirão as forças armadas iemenitas de continuarem a realizar operações militares contra a entidade israelita em apoio à opressão do povo palestino”, acrescentou a porta-voz Yehia Sarea.
Sem ir mais longe, a última dessas ofensivas do Iêmen, sem contar as de hoje, ocorreu no dia 6 de novembro, com ataques contra “alvos sensíveis”, o que obrigou à cessação das atividades militares em bases e aeroportos.
Anteriormente, na semana anterior, os rebeldes tinham assumido a responsabilidade por outros três ataques com mísseis e drones contra Israel e, nesta quarta-feira, chegaram mesmo a abater um drone MQ-9 Reaper dos Estados Unidos, que, como indicaram, “estava a realizar operações de vigilância hostis e espionagem no espaço aéreo.”
As IDF, por sua vez, aumentaram sua presença no Mar Vermelho com navios mísseis, com o objetivo de melhorar sua defesa e interceptar várias dessas ofensivas.
Os Houthis do Iêmen pertencem a um clã originário da província de Saada e são seguidores do ramo Zaidi do Islã Xiita. Além das hostilidades pelas quais são responsáveis dentro do país, depois de desencadearem uma guerra civil ao assumirem o controle da capital, Sanaa, em 2014, também estiveram na origem de vários ataques contra a Arábia Saudita.
Pertencentes ao Eixo da Resistência, liderado pelo regime persa, os Houthis recebem treinamento e fornecimento de armas – com mísseis balísticos e de cruzeiro avançados, e drones – de Teerã e da milícia terrorista libanesa, o Hezbollah.
Este último também adotou um papel ativo no conflito e desde então tornou-se outro dos alvos das FDI.
Nesta mesma quinta-feira, o Exército comemorou ter atingido com sucesso dois esquadrões de mísseis guiados antitanque do Hezbollah no sul do país, perto da base militar de Biranit e da comunidade nortenha de Yiftah. Isso ocorreu em resposta ao fogo iniciado anteriormente pelos terroristas, na área de Mount Dov, e em Mitzpe Adi, com mísseis antitanque.
Por outro lado, Israel atacou uma célula terrorista que se aproximava da fronteira de Rosh Hanikra.
(Com informações da EFE e Europa Press)
