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A Palestina está pronta para negociações sobre seu status final com Israel em uma conferência de paz. A fala foi feita por Mahmoud Abbas, atual presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, em uma entrevista à Sputnik.
“O Estado da Palestina formou uma visão política e preparou um roteiro, que foi endossado por um grupo de seis Estados árabes e submetido à consideração dos EUA, da União Europeia e dos membros do Conselho de Segurança da ONU. Ele se baseia em uma solução política abrangente para acabar com a presença israelense na Faixa de Gaza”, disse Abbas.
O presidente da Palestina afirmou que a solução apresentada envolve “entrar em negociações sobre o status final com o lado israelense no âmbito de uma conferência internacional de paz, de acordo com um determinado calendário e a elaboração de um mecanismo de segurança regional”.
Abbas observou que, como parte dessa decisão, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) está pronta para cumprir suas funções na Faixa de Gaza e exige o fim de todas as ações hostis unilaterais de Israel na Cisjordânia e em Jerusalém.
Na entrevista, o palestino chamou a decisão da Knesset, assembleia legislativa de Israel, que, em 18 de julho, aprovou uma declaração contra o estabelecimento de um Estado palestino na Cisjordânia, de ser contrário ao direito internacional.
“A votação no Knesset israelense é uma violação flagrante da lei internacional e de todos os acordos assinados anteriormente que formam a base para uma solução política para o conflito no Oriente Médio”, afirmou Abbas.
O presidente da AP enfatizou que a votação israelense “contradiz o princípio de dois Estados adotado pela ONU e pelas potências mundiais e o próprio fato de o Estado da Palestina ser um participante pleno em mais de cem organizações e acordos internacionais”.
Contudo, Abbas afirmou que seu país vai continuar trabalhando para se tornar membro pleno da ONU: “Continuaremos nosso trabalho na ONU com o objetivo de obter a adesão plena à organização e o reconhecimento da condição de Estado palestino por novos países, e continuaremos nossos esforços políticos, diplomáticos e legais para acabar com a ocupação dos territórios do Estado da Palestina com Jerusalém Oriental como sua capital”.
Em 10 de maio, a Assembleia Geral da ONU adotou uma resolução que amplia os direitos da Palestina no órgão internacional e recomenda que o Conselho de Segurança reconsidere positivamente a filiação do país à ONU. A resolução foi aprovada com 143 votos a favor, 9 contra e 25 abstenções.