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Nesta quarta-feira (25), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou as críticas do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky sobre a proposta do Brasil de se colocar como um mediador para um acordo de paz na guerra russo-ucraniana.
Zelensky questionou nesta quarta (25), durante discurso na Assembleia Geral da ONU, o papel do governo brasileiro nas negociações para um possível cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia.
No discurso, Zelensky disse duvidar do “real interesse” de Brasil e China ao pressionarem para liderar o diálogo entre Kiev e Moscou.
Os países europeus estão em guerra desde que Putin decidiu invadir o território vizinho, em fevereiro de 2022.
De acordo com Lula, o presidente da Ucrânia falou “o óbvio” em seu discurso, que é defender a própria soberania, uma “obrigação dele”: “Ele tem que ser contra ocupação territorial, é a obrigação dele. O que ele não tá conseguindo fazer é a paz. E o que nós estamos propondo fazer não é a paz por ele. Nós estamos é chamando a atenção para que eles levem em consideração que somente a paz vai garantir que a Ucrânia sobreviva enquanto país soberano e a Rússia sobreviva. É isso que nós estamos falando”.
Segundo o petista, eles não precisam aceitar uma proposta de paz elaborada pelo Brasil e pela China, porque não há, de fato, uma proposta:
“Tem uma tese que é importante começar a conversar. Eu vou dizer mais, ele, se fosse esperto, diria que a solução é diplomática, não militar. Isso depende da capacidade de sentar e conversar, ou vir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida, é isso”.