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Autoridades do governo de Israel anunciaram na manhã desta quinta-feira (26) que rejeitaram a proposta de cessar-fogo com o Hezbollah feita pelos EUA e pela França. O ministro israelense das Relações Exteriores, Israel Katz, afirmou que não haverá cessar-fogo com o grupo terrorista libanês, destacando que o país continuará a lutar contra o Hezbollah até garantir a segurança dos moradores do norte de Israel.
Katz afirmou em suas redes sociais que não haveria cessar-fogo no norte e que Israel continuará a combater a organização com toda a força até alcançar a vitória e garantir o retorno seguro dos cidadãos para suas casas.
Mais cedo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu havia confirmado que ainda não tinha respondido à proposta apresentada pelas potências ocidentais, que sugeriam uma trégua de 21 dias para possibilitar a tentativa de resolver o conflito por vias diplomáticas.
Na madrugada desta quinta, ataques aéreos realizados pelas Forças Armadas de Israel atingiram um edifício na cidade libanesa de Younine, resultando na morte de pelo menos 23 pessoas. Entre as vítimas, a maioria eram mulheres e crianças que estavam em um edifício de três andares. Além disso, oito pessoas ficaram feridas. O prefeito da cidade, Ali Qusas, relatou que o ataque causou grande devastação.
Os bombardeios também atingiram aproximadamente 75 alvos do Hezbollah no Líbano, incluindo instalações de armazenamento de armas e mísseis na região de Bekaa, conforme afirmaram as Forças Armadas de Israel.
Na quarta (25), o Ministério da Saúde do Líbano confirmou que os ataques israelenses resultaram em 72 mortos e 392 feridos. As autoridades libanesas informaram que, desde o início dos bombardeios na segunda-feira, mais de 620 pessoas já perderam a vida.
O Hezbollah declarou que o alvo do ataque da quarta-feira foi a sede do Mossad, agência de inteligência israelense, que, segundo o grupo, seria responsável por ataques a equipamentos de comunicação do Hezbollah.
O primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati, acusou Israel de atacar civis durante os bombardeios e pediu um cessar-fogo imediato durante seu discurso no Conselho de Segurança da ONU, na quarta.
Mikati destacou que, enquanto Israel alega estar focado em alvos do Hezbollah, os hospitais libaneses estão lotados de civis feridos, inclusive mulheres, ressaltando que os libaneses rejeitam a guerra e buscam estabilidade, além de criticar Israel por violar as resoluções da ONU.
O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Danny Danon, rebateu as acusações, afirmando que Israel está exercendo seu direito de autodefesa, pois o Hezbollah está disparando mísseis contra cidades israelenses. Danon garantiu que os ataques israelenses são realizados com precisão e que Israel não busca uma guerra total, mas reiterou que o país continuará defendendo seus cidadãos.
Ele também acusou o Irã de ser o responsável pela violência na região, afirmando que não haverá paz no Oriente Médio enquanto a ameaça representada pelo Irã não for neutralizada.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, deverá chegar aos Estados Unidos nesta quinta-feira para discursar na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na sexta-feira (27).
Israel informou que está conduzindo uma operação militar na fronteira com o Líbano com o objetivo de permitir o retorno dos moradores que deixaram a região devido aos ataques do Hezbollah.