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O papa Francisco não comparecerá à audiência jubilar prevista para este sábado e será substituído pelo cardeal Rino Fisichella, responsável pelo Dicastério para a Evangelização, na missa do Jubileu dos Diáconos no domingo. A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pelo Vaticano.
Ainda não há confirmação sobre a oração do Ângelus, que Francisco costuma rezar aos domingos ao meio-dia (8h no horário de Brasília), mas da qual já se ausentou no último fim de semana.
O pontífice passou sua quarta noite no hospital Gemelli, em Roma, de maneira tranquila, segundo o Vaticano. Ainda nesta terça, é esperada uma nova atualização sobre seu estado de saúde e a eficácia do tratamento.
Estado de saúde estável, mas quadro é complexo
No último boletim divulgado na segunda-feira (17), a Santa Sede informou que o papa segue sem febre e em condições clínicas estáveis. Francisco recebeu a Eucaristia na manhã de segunda e dedicou parte do dia a leituras e atividades de trabalho.
O papa também tem recebido inúmeras mensagens de apoio e orações de fiéis ao redor do mundo.
Segundo os médicos, o quadro clínico de Francisco é “complexo” devido a uma infecção polimicrobiana no trato respiratório, o que exigiu mudanças em sua terapia e uma internação prolongada. O Vaticano ressaltou que sua hospitalização será adequada ao seu estado de saúde e pode durar vários dias.
Apesar da internação, Francisco manteve sua rotina de comunicação e, na noite de segunda, conversou com a paróquia da Sagrada Família, a única igreja católica na Faixa de Gaza.
Pontífice segue ativo, apesar dos problemas de saúde
Aos 88 anos, Francisco tem lidado com uma série de desafios de saúde nos últimos anos. Desde 2021, passou por cirurgias no cólon e em uma hérnia e, devido a dores no joelho, utiliza cadeira de rodas.
Mesmo assim, ele segue com uma agenda intensa. Em setembro de 2024, realizou sua mais longa viagem como papa, percorrendo quatro países da região Ásia-Pacífico. No último domingo, acompanhou a missa pela televisão do hospital e enviou uma mensagem escrita para a oração do Ângelus, lamentando sua ausência e informando que ainda precisa de tratamento para a bronquite.
Possibilidade de renúncia é remota
Apesar dos problemas de saúde, Francisco tem descartado a possibilidade de renunciar ao pontificado. Diferente de seu antecessor, Bento XVI, que surpreendeu o mundo ao abdicar em 2013 por motivos de saúde, Francisco afirmou em memórias publicadas no ano passado que não vê razão suficiente para deixar o cargo.
“A renúncia é uma possibilidade remota, que só se justificaria em caso de um impedimento físico grave”, escreveu ele em uma autobiografia recente. “A realidade é que sou velho, mas sigo em frente.”
