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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira que o grupo terrorista Hamas pagará um alto preço por ter entregue o corpo de uma mulher de Gaza, em vez do de Shiri Bibas, refém israelense de ascendência argentina.
Netanyahu classificou a ação como uma “violação cruel e malvada” do acordo de cessar-fogo em Gaza e reafirmou seu compromisso de resgatar todos os reféns. “O Estado de Israel se curva em memória de dois pequenos, os irmãos Ariel e Kfir Bibas, e de Oded Lifshitz, um dos fundadores do kibutz Nir Oz. Os três foram assassinados com crueldade indescritível enquanto estavam sob cativeiro do Hamas nas primeiras semanas da guerra”, declarou Netanyahu em vídeo.
O primeiro-ministro israelense também denunciou a brutalidade do Hamas e o engano no processo de entrega dos corpos. “A brutalidade dos monstros do Hamas não tem limites. Eles não só sequestraram o pai, Yarden Bibas, a jovem mãe, Shiri, e seus dois filhos pequenos de maneira cínica e inimaginável, como também não devolveram Shiri junto aos seus filhos. Em vez disso, entregaram o corpo de uma mulher de Gaza”, afirmou.
Um relatório do Instituto Nacional de Medicina Forense de Israel revelou que, embora dois dos corpos entregues pelo Hamas correspondessem a Ariel e Kfir Bibas, que tinham 4 anos e 9 meses, o terceiro corpo não era de Shiri Bibas nem de nenhum outro refém israelense. “Durante o processo de identificação, determinou-se que o corpo adicional não era de Shiri Bibas e não havia correspondência com nenhum outro refém. Trata-se de um corpo anônimo e não identificado”, confirmou o exército israelense.
Netanyahu afirmou que Israel tomará medidas contra o Hamas por essa violação do acordo. “Agiremos com determinação para trazer Shiri de volta para casa, junto com todos os nossos sequestrados, vivos ou mortos, e garantiremos que o Hamas pague o preço completo por essa violação cruel e malvada do acordo”, advertiu.
O exército israelense reiterou que Ariel e Kfir Bibas foram “brutalmente assassinados” pelo Hamas em novembro de 2023, um mês após o sequestro durante o ataque de 7 de outubro. Netanyahu confirmou essa versão, mas não forneceu mais detalhes.
Em contraste, em 29 de novembro de 2023, o Hamas havia afirmado que Shiri, Ariel e Kfir Bibas haviam morrido em um bombardeio israelense antes da trégua, o que Israel desmentiu.
Desde o sequestro, Ariel e Kfir Bibas se tornaram símbolos da crise dos reféns. O Hamas filmou a captura das crianças e divulgou as imagens, gerando indignação internacional. Kfir, com nove meses de idade, era o refém mais jovem do conflito.
A crise pela desaparecimento do corpo de Shiri Bibas agrava a situação do cessar-fogo na Faixa de Gaza. A guerra teve início como represália ao ataque de 7 de outubro, quando militantes palestinos mataram 1.200 pessoas em Israel e sequestraram 251.
Entre os sequestrados estava a família Bibas, embora o pai, Yarden Bibas, tenha sido libertado em 1º de fevereiro deste ano em troca de prisioneiros palestinos. Netanyahu concluiu sua mensagem com uma promessa de justiça para as vítimas: “Que a memória sagrada de Oded Lifshitz, Ariel e Kfir Bibas permaneça no coração da nação para sempre. Que Deus vingue o sangue deles, e nós também”, afirmou.
A devolução dos corpos fazia parte da primeira fase da trégua entre Israel e Hamas, que entrou em vigor em 19 de janeiro. Como parte do acordo, 19 reféns israelenses foram liberados em troca da libertação de mais de 1.100 prisioneiros palestinos.
O engano do Hamas aumentou as tensões na região, colocando em risco a segunda fase do cessar-fogo, prevista para março. Israel insiste que o Hamas deve entregar todos os reféns restantes e cumprir o acordo, ou enfrentará uma resposta firme.
(Com informações de EFE e AFP)
