Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou que o Exército israelense ocupou o “corredor de Morag”, uma faixa de terra que se estende de leste a oeste sobre a cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. A estratégia visa dividir a região sul do enclave palestino, assim como já ocorreu no centro com o corredor de Netzarim.
“Estamos dividindo a Faixa e aumentando a pressão passo a passo para que nos entreguem nossos reféns. E quanto menos cederem, mais aumentaremos a pressão até que o façam”, declarou Netanyahu em comunicado oficial, referindo-se ao grupo terrorista Hamas, que ainda mantém 59 reféns em Gaza.
O primeiro-ministro afirmou que Morag se tornará um “segundo Filadélfia”, em referência à divisa entre Gaza e o Egito, ocupada pelas tropas israelenses e cuja permanência no local ele defende.
O corredor de Morag recebe o nome de um antigo assentamento israelense em Gaza, que foi desmantelado durante o plano de retirada unilateral de 2005. Sua localização sobre Rafah a isola de outra grande cidade do sul do enclave, Jan Yunis.
Com a ocupação desse corredor, Israel passa a controlar três eixos estratégicos em Gaza, fragmentando o território: o de Netzarim, que isola o norte e a Cidade de Gaza; o de Morag, que separa o centro da Faixa e a cidade de Jan Yunis; e o de Filadélfia, no extremo sul, deixando Rafah encurralada.
No dia 31 de março, Israel ordenou a evacuação de Rafah e de áreas próximas à fronteira com Jan Yunis. Dias antes, já havia forçado o deslocamento da população do bairro de Tal al-Sultán, também em Rafah.
Apenas cerca de 50 mil pessoas, das aproximadamente 250 mil que viviam em Rafah antes do conflito, retornaram às suas casas durante o cessar-fogo. No entanto, Israel retomou os bombardeios na madrugada de 18 de março.
As ordens de evacuação deslocaram cerca de 10 mil pessoas de Tal al-Sultán e, na segunda-feira, forçaram a saída de outras 40 mil da cidade de Rafah, segundo dados da prefeitura local.
As áreas sujeitas às ordens de evacuação de Israel, somadas às chamadas “zonas proibidas”, onde Israel exige que qualquer movimentação de organizações humanitárias seja previamente coordenada, abrangem cerca de 52% da Faixa de Gaza, segundo a ONU.
(Com informações da EFE)
