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Mesmo em recuperação de problemas respiratórios que o mantiveram hospitalizado por 38 dias, o papa Francisco decidiu manter uma de suas tradições mais simbólicas da Semana Santa: a visita a uma prisão em Roma na Quinta-feira Santa.
#PapaFrancisco visita prisão romana de Regina Coeli na Quinta-feira Santa pic.twitter.com/vUcD3NY4kk
— Vatican News (@vaticannews_pt) April 17, 2025
“Vivo estes dias como posso”, respondeu o pontífice, com voz fraca, mas já sem o uso de cânulas para oxigênio, ao deixar o presídio. Questionado por jornalistas sobre como tem enfrentado esse período, Francisco ainda fez uma reflexão tocante: “Sempre que entro em um lugar como este, me pergunto: por que eles e não eu?”
Em tom bem-humorado, o papa também brincou com uma repórter que perguntou como ele estava. “Estou sentado”, respondeu, sorrindo.
Desde que foi eleito em 2013, Francisco tem visitado prisões ou centros de refugiados em Roma ou nas proximidades na Quinta-feira Santa, quando a Igreja celebra a Última Ceia. Nessas ocasiões, ele costuma repetir o gesto de Jesus, lavando os pés dos detentos.
Neste ano, mesmo sem comparecer à missa Crismal na Basílica de São Pedro pela manhã, o papa fez questão de visitar novamente a prisão de Regina Coeli, no bairro de Trastevere, onde já havia estado em 2018. Ele chegou em cadeira de rodas, acompanhado por diretores e funcionários da prisão, e foi calorosamente recebido com aplausos.
Durante o encontro, reuniu-se com cerca de 70 presos e, segundo o Vaticano, apesar da fragilidade, conseguiu articular frases mais longas sem auxílio de oxigênio. A visita durou cerca de meia hora e terminou com uma oração coletiva e bênção.
“A cada ano gosto de repetir o que Jesus fez na Quinta-feira Santa, o Lava-pés, em uma prisão. Este ano não posso fazê-lo, mas posso e quero estar perto de vocês. Rezo por vocês e por suas famílias”, afirmou Francisco aos detentos.
Na quarta-feira, o papa também recebeu em audiência o corpo clínico e administrativo do hospital Gemelli, onde ficou internado. Ele tem aparecido em eventos religiosos com participações breves, às vezes ainda com as cânulas nasais, como ocorreu durante o Domingo de Ramos.
Apesar das limitações, Francisco segue retomando suas atividades gradualmente. Algumas celebrações da Semana Santa, no entanto, serão conduzidas por cardeais. O tradicional Vía Crucis da Sexta-feira Santa, diante do Coliseu, será presidido pelo cardeal Baldassare Reina — mas as meditações lidas durante o rito foram escritas pelo próprio pontífice.
(Com informações da EFE)
