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O ex-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, foi diagnosticado com uma forma “agressiva” de câncer de próstata e está avaliando as opções de tratamento, informou seu escritório neste domingo (18).
Na sexta-feira (16), o democrata de 82 anos recebeu o diagnóstico de “câncer de próstata com metástase nos ossos”, segundo o comunicado oficial.
Embora seja uma forma mais agressiva da doença, o câncer parece ser sensível a hormônios, o que permite um tratamento eficaz. Biden e sua família estão analisando as possibilidades junto aos médicos.
Duas semanas atrás, ele passou um dia em um hospital na Filadélfia após a descoberta de um “pequeno nódulo” na próstata, que precisava de “avaliação adicional”, informou um porta-voz na época, que não quis fornecer mais detalhes sobre o atendimento.
Joe Biden — que manteve um perfil discreto após deixar o cargo de presidente — derrotou o então presidente Donald Trump nas eleições de 2020 e inicialmente planejava enfrentá-lo novamente no ano passado. Porém, diante de crescentes questionamentos sobre sua idade e lucidez, decidiu se afastar da corrida presidencial e apoiar sua vice, Kamala Harris, como sucessora.
Trump, três anos mais jovem que Biden, venceu Harris nas eleições de novembro e reassumiu a presidência em janeiro deste ano.
A saúde de Biden durante seu mandato
Durante seu governo, a saúde de Joe Biden foi alvo de análises detalhadas por médicos, imprensa e opositores políticos. O debate se intensificou após seu desempenho no primeiro debate presidencial em junho de 2024, quando, aos 81 anos, apresentou dificuldades para falar, frases truncadas e momentos de confusão. A Casa Branca atribuiu o desempenho a um resfriado, fadiga de viagem e preparação inadequada. Mesmo assim, o episódio reacendeu dúvidas sobre sua idade e capacidade cognitiva.
Em fevereiro de 2024, Biden passou por um exame físico completo no Centro Médico Militar Nacional Walter Reed. O relatório, assinado pelo seu médico pessoal, Dr. Kevin O’Connor, concluiu que Biden estava “em condições para servir como presidente” e que não houve mudanças significativas em relação ao ano anterior. Segundo o documento, ele continuava sendo um “homem saudável e vigoroso”, com sintomas leves de rigidez ao caminhar por causa de artrite na coluna e neuropatia periférica sensorial nos pés. Também sofria de apneia obstrutiva do sono, tratada com aparelho CPAP.
O relatório não incluiu testes cognitivos formais, o que gerou críticas de alguns setores. O’Connor explicou que, por acompanhar o presidente diariamente, não considerava necessário realizar esses exames. No entanto, a controvérsia persistiu, especialmente após o debate televisivo. Vários analistas, inclusive dentro do Partido Democrata, questionaram se Biden ainda estava apto para um novo mandato.
Apesar do apoio inicial da Casa Branca, as dúvidas sobre seu desempenho levaram Biden a desistir da campanha eleitoral em julho de 2024.
(Com informações da AFP e AP)
