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O helicóptero que transportava o presidente da Rússia, Vladimir Putin, esteve no “epicentro” de um massivo ataque com drones ucranianos durante uma visita à região de Kursk, no início desta semana. A informação foi revelada por Yury Dashkin, comandante de uma divisão de defesa aérea, em entrevista ao canal estatal Rossiya 1, exibida neste domingo (24).
Putin visitou Kursk na última terça-feira (21), sua primeira ida à região desde que ela foi completamente retomada pelas forças russas em abril. Durante a viagem, ele se reuniu com o governador Aleksandr Khinshtein, lideranças municipais e voluntários que atuam no apoio à população afetada pela incursão ucraniana, já repelida, segundo informações do Kremlin.
De acordo com Dashkin, enquanto o helicóptero presidencial sobrevoava a região, forças de defesa aérea russas enfrentaram uma ofensiva sem precedentes com veículos aéreos não tripulados (VANTs). “O helicóptero do comandante supremo esteve no epicentro de uma operação para repelir um ataque massivo de drones inimigos na região de Kursk”, afirmou o comandante.
Ainda segundo ele, as defesas aéreas conseguiram abater 46 drones de asa fixa lançados por Kiev naquele momento. “Gostaria de destacar que a intensidade dos ataques aumentou significativamente durante o voo da aeronave do comandante supremo sobre o território de Kursk”, disse Dashkin.
As unidades de defesa antiaérea tiveram que atuar em duas frentes: combater os drones e proteger a aeronave presidencial. “A missão foi cumprida. O ataque inimigo foi repelido e todos os alvos aéreos foram neutralizados”, garantiu o oficial.
O ataque faz parte de uma escalada nas ofensivas ucranianas com drones dentro do território russo na última semana. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que entre terça (21) e sexta-feira (24), foram interceptados 764 drones. A ofensiva seguiu no fim de semana, com centenas de novos ataques aéreos sendo frustrados entre sábado e domingo, segundo o Ministério da Defesa.
No sábado (23), o chanceler russo Sergey Lavrov responsabilizou países europeus, como Reino Unido, França e Alemanha, além da liderança da União Europeia, por incentivarem os ataques ao apoiarem Kiev e prolongarem o conflito. No mesmo dia, o Ministério das Relações Exteriores russo sugeriu que o aumento nos ataques com drones visava sabotar as negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos.
Apesar da escalada militar, o ministério reiterou que “o compromisso fundamental da Rússia com a busca construtiva por uma solução pacífica através do diálogo permanece inalterado”.
