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Duas pontes desabaram em regiões russas que fazem fronteira com a Ucrânia, provocando o descarrilamento de trens, pelo menos sete mortes e dezenas de feridos, segundo autoridades russas informaram na manhã deste domingo (1º). Um político russo classificou Kiev como um “enclave terrorista”.
A agência Reuters não conseguiu confirmar de forma independente se os dois incidentes, ocorridos em regiões vizinhas, têm alguma relação entre si.
As regiões do sul da Rússia, onde ocorreram os desabamentos, vêm sendo alvo frequente de ataques da Ucrânia desde o início da invasão russa, há mais de três anos.
No sábado à noite, uma ponte rodoviária desabou sobre uma linha férrea na região de Bryansk, causando o descarrilamento de um trem que se aproximava. O Ministério de Emergências da Rússia e autoridades locais confirmaram a morte de sete pessoas e 69 feridos.
Inicialmente, a empresa ferroviária russa publicou no Telegram que a queda da ponte em Bryansk teria sido provocada por uma “interferência ilegal na operação do transporte”, mas a mensagem foi removida posteriormente.
O governador de Bryansk, Alexander Bogomaz, informou pelo Telegram que 47 pessoas foram hospitalizadas, entre elas três crianças, com uma delas em estado grave.
Já na região de Kursk, o colapso da ponte ocorreu na madrugada de domingo enquanto um trem de carga atravessava a estrutura, segundo o governador interino Alexander Khinshtein e a empresa ferroviária russa, também pelo Telegram.
“Parte do trem caiu na estrada que fica embaixo da ponte”, explicou Khinshtein. A locomotiva pegou fogo, mas as chamas foram rapidamente controladas. Um dos maquinistas sofreu ferimentos na perna e ele e a equipe foram levados a um hospital local.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostraram vagões descarrilados sobre a ponte danificada em Kursk.
Andrei Klishas, membro do Conselho da Federação – câmara alta do Parlamento russo –, declarou no Telegram que o episódio em Bryansk demonstra que “a Ucrânia há muito perdeu as características de um Estado e se transformou em um enclave terrorista”.
O canal russo Baza, conhecido por divulgar informações de fontes em agências de segurança, reportou, sem apresentar provas, que a ponte em Bryansk teria sido explodida, enquanto o blogueiro militar Semyon Pegov, conhecido como War Gonzo, classificou o desabamento como “sabotagem”. A Reuters não pôde verificar a veracidade dessas afirmações.
Até o momento, não houve posicionamento oficial da Ucrânia sobre os episódios.
Desde o início da guerra, em fevereiro de 2022, as regiões russas de Bryansk, Kursk e Belgorod, que fazem fronteira com a Ucrânia, têm sofrido bombardeios, ataques com drones e incursões secretas vindas do lado ucraniano.
O Ministério de Emergências da Rússia informou que as buscas e operações de resgate na região de Bryansk continuaram durante toda a noite, com cerca de 180 pessoas envolvidas no esforço.
Entre os mortos estava o maquinista do trem, segundo reportagens das agências oficiais russas que citaram equipes médicas.
Vídeos e fotos nas redes sociais mostraram passageiros tentando ajudar outros a sair dos vagões danificados e equipes de bombeiros buscando acesso aos feridos, mesmo no escuro.
O trem seguia da cidade de Klimovo com destino a Moscou, conforme informações da empresa ferroviária russa. Ele colidiu com os escombros da ponte caída em uma rodovia federal no distrito de Vygonichskiy, na região de Bryansk, a cerca de 100 km da fronteira com a Ucrânia.
No âmbito diplomático, o ex-presidente dos EUA Donald Trump pediu que Moscou e Kiev trabalhem juntos para buscar um acordo que ponha fim à guerra. A Rússia propôs uma nova rodada de negociações presenciais com representantes ucranianos, prevista para segunda-feira em Istambul. A Ucrânia ainda não confirmou presença, afirmando que aguarda para analisar as propostas russas. Ao mesmo tempo, um importante senador americano advertiu que Moscou pode ser “fortemente atingida” por novas sanções dos Estados Unidos.
